Mamãe e papai sempre me disseram que quando morremos, vamos ao céu, ou ao inferno. Até os meus doze anos ouvi que os mortos viravam estrelas, achava loucura, mas extremamente interessante. Quando vovó e o vovô morreram, eu e o papai sempre colocávamos seu telescópio na rua, e tentávamos achar os dois no céu. Duas estrelas sempre me chamavam a atenção, perguntei ao papai e ele disse que eram um "boa noite" dos velhinhos que sempre estiveram no meu coração.
Mas quando fiz treze anos, parei de acreditar nisso. Sério mesmo? Claro que os falecidos não viram estrelas, eles apenas vivem felizes no céu e pronto final. Era só mais uma história de adultos para as crianças.
E isso não mudou, até o acidente da noite chuvosa. Em que eu senti meu coração parar aos poucos, vi meus olhos fechando sem a minha vontade. E então tudo ficou preto por um tempo, eu andava na direção da pequena luz branca no final do corredor. Não deixava que a solidão me atingisse, apenas a curiosidade de saber o que tinha ali. Cada vez mais estava perto da luz, ela aumentava e aumentava.
E de repente, eu estava no paraíso. Na Ilha dos Mortos. Agora estaria brilhando no céu para quem quisesse minha companhia, por mais triste que fosse.
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SINK | Sillie.
AventuraMillie tinha apenas quatorze anos, quando foi vítima de um raio na chuva. Mesmo sendo atendida rapidamente, não foi possível salvar sua vida. Ela só não esperava que os mortos realmente viravam estrelas, e que teve a benção de viver no paraíso...