Amor sobre tudo

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Acordo meio sonolenta, com a cara fechada, parece até que estou de ressaca, porém só estou meio tonta me lembrando do sonho que tive nesta noite.

Faz dois anos que Peeta e eu estamos juntos, e é só juntos mesmo como diz, morando na mesma casa e ponto. Faz dois anos que a revolução terminou de vez - ou acho que terminou - e de certo modo está tudo tranquilo. Annie se recuperou e mal fala de Finnick, minha mãe mora no quatro, Johanna está bem lá no sete e visito-a freqüentemente assim como visito Annie, Gale está no dois e trabalha para o exército, procuro vê-lo, contudo Peeta não gosta muita disso, ele ainda tem crises porém poucas e raras

Ainda estamos na aldeia dos vitoriosos na minha casa, Peeta se mudou para cá quando decidimos tornar nossa relação mais aparente. Ele geralmente acorda antes de mim para deixar o café pronto para nós, as vezes ele não me espera e vai logo para a padaria a trabalhar, normalmente em dias lotados ou em festas, hoje ele me esperou, desço as escadas e olho para a cozinha, enxergo parte de seu corpo andando pará-la e para cá fazendo panquecas e uma batida, que não sei muito bem de qual sabor é. Quando chego vejo seu rosto esbelto e reparo em sua agilidade.

-bom dia amor - digo com entusiasmo

-Ah, oi , não havia escutado seus passos, estou fazendo panquecas e batida de frutas- retruca ele

-percebo- digo

ficamos em silêncio por um tempo e presumo que estejamos pensando na mesma coisa, quando ele corta o silêncio

- prontinho! Vamos comer- ele diz apontando para a mesa com a nossa refeição.

Depois da refeição ele foi a padaria e eu como sempre, fico em casa, normalmente escrevendo um diário que comecei a uns tempos ou pensando em alguma coisa fora de cotidiano, mas nunca fico parada, as vezes vou a caça ou também visitar amigos.

Fico um bom tempo escrevendo e vejo que são 11:24 da manhã, decido que vou ver Johanna, as vezes é bom ter um pouco da sua sanidade, se é que devo chamar assim.

Pego o trem até o sete e quando chego em sua casa ela me recebe dizendo:

-olá sua desmiolada, não tenho pão velho- fala com um tom irônico

Caímos na gargalhada

- disso não preciso, minha barriga deve ser feita por camadas e camadas de pão- retruco tentando ser irônica também

-então - diz ela - o que faz aqui? Entre e vamos conversar

Entro na sua casa e percebo que tem vários machados diferentes, como imaginado, almoçamos, conversamos, conversamos, conversamos e muito depois quando me dei conta que já eram 4 da tarde volto para o doze

A viagem foi cansativa porque não fiquei bem confortável, mas quando chego em casa percebo que seria melhor fazer a mesma viagem por mais dez vezes do que ver o que vai acontecer.

Chego em casa e vejo as coisas quebradas e estilhaçadas pelo chão e me dou conta que Peeta está em uma crise

Não gosto nem um pouco de vê lo assim, mas grito bem alto

- Peeta? Você está aonde?

Escuto murmúrios abafados vindo do quarto e subo as escadas correndo, entro e vejo ele deitado na cama com a cara no travesseiro gritando coisas que não se entende, passo a mão em suas costas com a tentativa de acalma lo e percebo que é inútil então o levanto e dou um abraço, sinto que está se acalmando, e quando acaba continuamos assim por um longo período de tempo, ele tira sua cara do meu ombro e diz

-sinto muito por isso, você não merecia ver isso e ter que viver com isso

-você sabe que não me importo- retruco com a intenção de não deixá-lo com sentimento de culpa

Chego perto dele e encosto meus lábios aos seus, e faço isso várias vezes, ele retorna o beijo e ficamos um tempo assim.

Não importa se tenho que viver com isso para o resto da vida, quero ele comigo e sou capaz de muito mais para satisfazer meus desejos.

Jogos Vorazes: Together ForeverOnde histórias criam vida. Descubra agora