Capítulo Cinco - Moral of the Story

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Eu amo meu trabalho, mas passar seguidas horas com os olhos vidrados na tela do computador é mais exaustivo do que aparenta. Além de precisar lidar com os comentários do Diretor de Arte, o Andrew, ele apenas critica e nada feito pelas mulheres do time de designers é suficiente.

Enquanto espero Morgan e James em frente ao elevador, Andrew aparece com seu sorriso nojento, desejando boa noite e perguntando se preciso de uma carona. Eu digo que não, sem tirar os olhos do celular. Sei que, por ele ser meu superior na empresa, eu deveria ser mais agradável, mas ele torna a vida de muitas garotas aqui um inferno.

James e Morgan aparecem com os olhares cabisbaixos de cansaço. Descemos pelo elevador em silêncio, malmente temos paciência um para o outro nesses dias de estresse e cansaço.

Eu planejei essa ocasião milhares de vezes na minha cabeça, então, esperei entrarmos no carro e estarmos na metade do caminho para meu prédio. Estou nervosa e Morgan percebe quando vê que não consigo parar de estalar os dedos, mas fica calada. James não nota nenhuma diferença, pois está sozinho no banco traseiro.

— Eu e o Steven terminamos. Ele estava me traindo de novo. Eu estou bem... — digo com a voz trêmula e interrompendo a conversa.

Eles não ficaram surpresos, foi como se já esperassem essa notícia.

— Foi o melhor para você. Peço desculpas a Savannah, mas o Steven é um idiota. — Morgan diz citando a irmã do meu ex.

— Vou precisar concordar com Morgan. Você está livre, minha amiga. — comenta James, que apoia suas mãos em meus ombros.

— Ok, vocês não irão surtar ou brigar comigo por ter sido idiota? — questiono me virando para conseguir olhar para James.

— Por que iríamos brigar? Nós entendemos o quanto foi difícil pra você passar por esses dois anos. E que tipo de amigo você acha que somos? — James murmura, fazendo Morgan apenas assentir, concordando com ele.

As vezes as pessoas não atendem nossas expectativas mesmo, mas reagem melhor do que imaginamos.

— Eu te abraçaria se não estivesse dirigindo... — admite Morgan, sem tirar a atenção do trânsito e completa — Agora você precisa vir com a gente para aquela balada.

— SIM! Você nunca ia por causa do Steven, agora não existem desculpas. Vamos, por favor! — James exclama sorridente.

Eles estão certos, mas não sei se já estou pronta para isso. Ainda é cedo demais. Digo que irei pensar e que preciso ter certeza que Isabella não precisará que eu fique com a Sofia.

— Considere nosso convite com amor. Você poderá conhecer o Conan... — acrescenta James, citando seu atual companheiro, que ainda não tive o prazer de conhecer.

Eu afirmo que pensarei com muito carinho, mas já passo a imaginar quais desculpas poderei usar. Sou uma péssima amiga, eu sei. Não tenho certeza se já estou nessa fase do término. Claro que não me sinto triste ou deprimida, só estou confusa com o que era real e o que não era.

Morgan estaciona o carro em frente ao meu prédio, onde me despeço dela e de James. Eles me abraçam, insistem quanto ao convite e dizem que se eu precisar deles, uma ligação basta. Agradeço pelo apoio e enfim me direciono ao elevador.

Ficar sozinha e no silêncio, independente de onde for, tem sido assustador, pois reforça os espaços vazios e me faz pensar demais em determinados assuntos.

Como exemplo, o que Calum me perguntou há alguns dias atrás.

"Você sentiu tudo isso quando terminamos naquela época?"

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⏰ Última atualização: Nov 02, 2020 ⏰

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