prólogo

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Luz estava sentada em sua janela, ainda com a roupa do grom, se sentia uma completa inútil por não conseguir derrotar seu maior medo, se sentia triste pelo medo de sua amiga.

Em sua mente passavam milhares de pensamentos do tipo: "eu sou uma péssima filha por estar mentindo para minha mãe" ou até mesmo "meu lugar não é aqui, não posso decepcionar minha mãe, tenho que voltar para casa"

Mas ela não queria voltar, gostava daquele lugar, se sentia confortável, mas ao mesmo tempo se sentia tão fraca perto de todas aquelas pessoas tão talentosas e poderosas....

Não queria admitir pra si mesmo mas:

Estava com medo do que sua mãe iria pensar

Camilla e Luz sempre tiveram uma ótima conexão, por morarem somente as duas, elas passavam horas juntas, assistindo séries, rindo de memes, fazendo críticas de livros que ambas já leram

Porém Camilla sempre achou estranho essa obsessão de Luz em mundos fictícios, bruxas, magia, ela gostava que sua filha adorasse ler, o que preocupava ela, era que Luz não tinha amigos.

Na escola Luz sempre enfiava a cara nós livros e não conversava com ninguém, quando não fazia isso, ela acabava assustando as pessoas por suas conversas fora do comum.

Talvez ela era muito estranha para eles, ou eles eram muito comuns para ela. Gostava de pensar que era a segunda opção.

Achava que com o tempo, conseguiria achar alguém com os mesmos gostos que o seu, mas nunca achou, até achou mas depois de alguns meses era trocada por alguém mais interessante.

Camila vendo a situação da filha, achou que era uma ótima ideia mandar Luz para um colégio interno, sem seus livros, assim ela era obrigada a socializar. O que até funcionou, Luz fez vários amigos lá, mas quando foi embora, nunca mais viu eles, então a única opção plausível era continuar sendo feliz com sua própria companhia, e claro, dos livros também

Apesar de tudo isso, a Noceda mais velha, entendia a Luz, também não era muito sociável na época da escola, então deixou assim mesmo, sabia o que era melhor para sua filha

E Luz sabia disso, sua mãe nunca escondeu nada dela, e ela nunca escondeu nada de sua mãe...bom, até agora, por isso estava se sentindo péssima, estava traindo a confiança de sua mãe, mas não poderia contar a verdade até o "acampamento" acabar.

Já estava em torno das 2:00 da manhã, estava eufórica e ansiosa, raramente se sentia assim, na infância era mais "frequente" (melhorou muito depois que começou a ler), depois que entrou na adolescência era muito difícil ela ter uma crise.

Sabendo o que estava acontecendo resolver sair da owl house, andar sempre ajudava ela, amava o tempo fresco, deitar na grama e ficar observando a lua e as estrelas, a acalmava

Sendo assim saiu pelos fundos - não podia sair pela frente por conta de Hooty, ele era meio...escandaloso - , e decidiu ir a árvore do grom, onde passou um dos melhores momentos de sua viajem, foi coroada rainha do grom com Amity, e obviamente, teve sua primeira "valsa"

Caminhando pelo caminho no qual achava que era o certo (não tinha certeza), cantarolava uma musiquinha de sua infância enquanto olhava ao seu redor e sentia a magia desse mundo, amava essa sensação.

Agradeceu a si mesma quando percebeu que não errou o caminho, estava lá, a árvore com folhinhas cor-de-rosa, foi até ela e se sentou apoiando as costas em seu tronco, observando as estrelas, foi aí que lembrou de Amity, seu maior medo era ser rejeitada, mas por quem? Ótimo mais uma dúvida para cabecinha da Noceda, olhou para os lados e lembrou da sua cena com a Blight, consegue lembrar perfeitamente da sensação de ter a Amity por perto, consequentemente, lembrou dela jogando o convite exatamente ali, onde ela está, não queria invadir a vida pessoal da de cabelos verdes assim, mas, não poderia deixar passar a oportunidade de virar cupido, e fazer um final feliz para Amity, é isso que amigas fazem, ajudam umas as outras.

Pensando no melhor foi a procura do pequeno pedaço amassado de papel rosa, no meio das folhas caídas no chão, por estar escuro e as folhas serem quase o mesmo tom do bilhete, estava quase desistindo de encontrar, foi aí que um vento forte passou, tirando grande parte das folhas de sua vista, decidiu continuar procurando. Procurou por mais um tempo, aproximadamente 2 minutos, até que o achou.

Ficou encarando o pedaço rasgado do bilhete, a curiosidade a cercava, mas não tinha coragem o suficiente para desamassar, como se tivesse medo de saber qual o nome que estava no papel

Foi até a árvore novamente, sentou-se no chão e continuou fitando o papel, até que finalmente abriu o bilhete, com os olhos fechados, contou até três internamente e abriu os olhos. Ficou perplexa quando viu seu nome escrito na linda caligrafia de sua amiga

-Amity iria me chamar para o grom?- se perguntava- talvez só... não tinha mas ninguém para chamar, e como sabia que era o meu primeiro baile, quis dar as boas vindas, já que era a rainha, certo?- tentou se convencer disso, realmente não sabia dos sentimentos da Amity por ela, achava que a bruxa era tímida por isso agia daquela forma quando ela estava presente, nada ali não se passava de uma linda amizade. Mas no fundo, sabia que não era só aquilo...



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Ooooi, como vocês estão?

Bom, depois de muito tempo, voltei com a fanfic, amém 🙌

Eu tava com muita saudade escrever, e de interagir aqui com vocês!! Então o que acharam do capítulo?? Não mudei muita coisa, adicionei algumas palavras, corrigi outras e saiu issokkjk

É isso, tchau seus gays, até mais!!!

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