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30 de Janeiro, 03:54 AM.

Ryan 💸

Acordo sentindo alguém me cutucar e olho vendo minha mãe.

Ryan: O que a senhora faz aqui? O Mário vai te bater. - ela negou e me mostrou minha roupa.

Ela coloca a roupa em mim e me pega no colo, não sei como ele aguenta.

Vânia: Você está quente, Ryan. Vou te levar ao hospital. - assinto e começo a tossir, sentindo meu peito doer.

Ela caminha comigo até a saída do lixão e para um táxi que passava por ali.

Vânia: Hospital, por favor. - me encolhi nos seus braços, sentindo uma proteção.

Meu peito doía demais e eu não conseguia mais respirar normalmente.

O carro parou e minha mãe entrega o dinheiro a ele.

Saímos do carro e entramos no hospital.

Vânia: Meu filho tá com a pele fria, febre, tá tossindo muito e tremendo também.

- Está sentindo mais algo? - pergunta para mim e eu assinto.

Ryan: Falta de ar e dor no peito. - falo baixo e com dificuldade.

A mulher entrega o papel junto com a caneta a minha mãe e ela faz os bagulho lá.

Entramos na parte de atendimento do hospital e fomos até a sala do médico.

Minha mãe falou tudo que eu sentia e ele ia anotando.

- Isso pode ser uma possível pneumonia, precisamos bater um raio-x para ver como está o pulmão dele.

••••••

Olho para minha mãe que segurava o choro.

Ryan: O que a gente vai fazer, mãe? - Ela me olhou e falou que não sabia.

Vânia: Como seu tratamento vai ser domiciliar, não temos casa, não temos dinheiro para comprar seus remédios, me desculpa filho. - Balanço a cabeça em negação.

Ryan: Desculpa eu, por dá esse trabalho todo. - Ela não se aguentou e começou a chorar.

Começo a pensar, até lembrar daquela velha que me ajuda. Como ela é rica, talvez possa comprar os remédios, ou até deixar eu e minha mãe ficar na casa dela.

Ryan: Mãe, vamos para o lugar onde eu peço dinheiro.

Vânia: Você mal consegue andar, meu amor. - Dei de ombros e levantei minha cabeça do colo dela.

Ryan: Eu consigo sim, é pertinho daqui. - Ela assentiu.

Vânia: O que vamos fazer lá? - Não respondi e me levantei.

Ryan: Espere e verá. - Ela balançou a cabeça em negação e se levantou.

Começamos a andar lentamente, pois eu estava com dificuldade.

Em provavelmente 30 minutos de caminho, chegamos ao local.

Ryan: Vamos ficar aqui, tem uma senhora que vai nos ajudar, ela sempre passa pela manhã e pela tarde. - Sentamos em cima de um papelão e ficamos esperando.

Peguei no sono em cima do ombro da minha mãe e só acordei quando escutei me chamarem.

Neusa: Ryan? Bom dia, meu amor. - Minha mãe me olhou confusa, provavelmente com ciúmes.

Ryan: Oi tia, essa daqui é minha mãe. - Agora as duas me encaravam confusas.

Neusa: Você não disse que seus pais morreram? - Minha mãe me olha curiosa e eu assinto.

Ryan: Eu menti desculpa tia. - Ela deu risada e assentiu.

Neusa: É um prazer conhecê-la, eu sou a Neusa.

Vânia: Prazer, Vânia.

Ryan: Tia, eu e minha mãe precisa da sua ajuda. - Ela me olhou atenta. - Eu tô com pneumonia, e não tenho nem dinheiro e nem casa.

Vânia: Eu sei que é uma coisa chata pedir ajuda assim, porém meu filho falou que você poderia ajudar, mas se não puder eu irei entender.

Neusa: Claro que eu ajudo, Ryan é um menino de ouro, e pneumonia é uma coisa grave. - Sorri em forma de agradecimento.

Agora que temos dinheiro e casa, eu vou melhorar, se for da vontade de Deus.

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