Eu parei ali e olhando para Michael lutando para romper a onda de magnetismo que me atraia de forma perigosa para aquele humano. E tudo o que eu mais queria no momento era jogá-lo contra a parede e colar meu corpo ao dele, sarrando meu membro duro contra ele e minha boca devorando aqueles lábios. Ia jogá-lo na cama e devagar,muito devagar arrancar sua cueca com os dentes e depois...
Que inferno! Eram apenas deliríos com o ferimento que cicatrizava. Naquela situação acabaria perdendo todo o controle e me alimentando de seu calor e muito mais. Ia gozar naquele rabo empinado com ele de quatro para mim e...
Eram os pensamentos que me atiçavam fantasias com prazeres proibidos. Só que problemas mais urgentes do que minhas mais intensas necessidades existiam.Havia uma criatura solta no campus que me preocupava. Eu era um alienígena que sabia saborear o requinte do calor corpóreo que ele emanava tão próximo de mim. E o contato físico...
Precisava fazer as coisas devagar e com total controle de minha luxúria. Ia amar aquele garoto do jeitinho que ele merecia. Muito devagar. Só imaginar ouvir seus gemidos de prazer era capaz de me deixar louco com tesão.
O beijo tinha sido muito mais que o sabor de algo proibido para mim depois que meus sentidos haviam captado o conflito interior de Michael. Costumes humanos! Pensar no garoto enfrentando sozinho essas convenções dos humanos...
Suspirei totalmente miserável e nem foi uma surpresa os sensores da nave piscarem vermelhos.Uma faculdade.Quatro alunos assassinados. E outro desaparecido. Que droga!Sei que os chefões de onde vim vão reclamar, mas tomarão as precauções para encobrir as coisas por aqui. Minha missão aqui na Terra é caçar essa coisa.
-Mas o quê?- Michael revirou os olhos.
Que inferno! Se esse diabinho continuar a morder assim o lábio, juro que vou... vou..
-Alguém vai ter que limpar toda essa bagunça. - suspirei hesitante.
Geralmente eu entro em ação quando as coisas complicam. Complicam de um jeito que não é bom que venham ao público ou a debate na Confederação.
Corpos desaparecem. Podia com algum facilidade ganhar tempo, antes que a polícia do campus desse qualquer alerta para as autoridades locais. Aqueles veteranos mortos..
"Quer me dizer que inferno pensou fazer se metendo com essa gente?"
Minha grande noite de folga. E que folga.Eu tinha agora tanto trabalho e o objeto dos meus loucos desejos distraia minha mente. Praguejando toda sorte de palavrões, retirei do bolso do calça um pequeno equipamento de controle de ondas alfas.
Num cérebro humano, as ondas cerebrais são como como notas musicais, umas de baixa frequência enquanto outras agem em elevadas frequências. A harmonia disso tudo traz equilíbrio ao pensamento , sensações e emoções.
Eu segurava o brinquedinho muito útil.Uma máquina de bio retroalimentação capaz de estimular certas ondas. Não existe o tipo de onda cerebral que seja melhor do que outra. Todas são imortantes, no final das contas. Todas produzem nos neurônias atividade elétrica. Não posso esquecer que o cérebro humano é um oórgão eletroquímico. Falando que se no mundo todo as células nervosas se ativassem ao mesmo tempo... Ah, dava para acender umalâmpada. Toda essa atividade produz diferentes tipos de ondas.
A memória de um humano pode ser imediata. Algumas informações que chegam através dos sentidos como a visão, audição, tato ou paladar são processadas, analisadas e guardadas no cérebro em menos de dois segundos. Eu precisava alterar a memória de Michael e aquilo nãome agradava nem um pouco.
É quase como mexer emm um computador. A memória principal é sempre o alvo de perguntas e decisões e a secundária...Eu preciso carregar os dados na memória principal para que possam ser tratados pelo processador. E ainda assim...
-Mas o que você está fazendo?
A pergunta dele tão inocente me fez sentir o pior de todos ali naquele momento. Sei que aquela coisa está solta em algum lugar por aqui, é perigosa, está faminta, ferida e vai caçar outra vez. Maldição! Aquilo assimila DNA das vítimas e foi por muito pouco que Michael não virou o banquete final da infeliz criatura depois que eu interferi.
Preciso de uma isca para atrair aquela coisa para que possa matá-la.Que inferno. Não gosto nenhum um pouco disso.
-Quer falar comigo? - ouvi a voz de Michael junto a mim e sacudi a cabeça diante de sua inocência. O garoto nem fazia ideia no que tinha se metido ou do tipo de encrenca que havia encontrado.
O apelo no pedido tão sincero quando ele tocou meu braço me fez arder literalmente no inferno. Sei o que deve ser feito, mas ainda assim...
-Eu caço essas coisas, baby. Sou um caçador de recompensas que geralmente o governo interplanetário chama quando as coisas vão mal. Saem do controle.- comecei a explicar.
Os olhos dele eram interrogativos e definitivamente sensuais. Não quero mesmo fazer isso. Só que..
O espanto dele... Não acredito que vou fazer isso. Minha mão ainda segura o equipamento odioso e meu dedos devagar tocam os lábios firmes numa carícia.
-Não há outro jeito. Garanto a você... Se houvesse outro jeito, meu bem...
Sem pensar colei meu corpo ao dele e o equipamento em seu pescoço ainda mantendo o contato visual enquanto sentia Michael ofegar perdendo a noção de tudo ao nosso redor. Larguei o maldito equipamento no chão, amparando seu corpo com cuidado e possessivo ao trazê-lo para mim quando seus olhos se fecharam e sua cabeça resvalou em meu peito.
Meu tempo é pouco. Preciso levar esse garoto de volta ao dormitório da faculdade e garantir que minha isca ficará ilesa de outro ataque. A respiração dele pelos lábios entreabertos é suave e cheia de promessas que eu não quero recusar. Leve como uma pluma minha mão desce por seu peito enquanto eu suspiro sem acreditar.
Não acredito mesmo que vou fazer isso. Só que um olhar para ele me faz mandar toda a cautela pelos ares. Dou vazão ao desejo quando minha boca desce sobre a sua cheio de desejo não satisfeito.
-Acho que ainda poso arranjar os papéis para conseguir uma matrícula por aqui. E com alguma influência mandar seu colega de quarto para o inferno para ocupar o mesmo quarto que você, doçura.
Uma solução perfeita para os problemas. Poderia ficar bem próximo dele e também caçar aquela coisa. Mais do que tudo preciso garantir que minha isca não atraía a atenção dos chefões para quem trabalho. Arriscar sua segurança não é negociável.
E depois que tudo acabasse... Mal podia esperar para ver os olhos dele quando avistasse os montes vermelhos de Urodela.
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Na cama com um Alien
Fiction généraleEra para ser apenas mais um festa de fraternidade com os veteranos recebendo os calouros e muitos trotes. Michael era uma garoto que tinha feito de tudo para conquistar aquele lugar e de repente se sentia totalmente desanimado. Como calouro tímido...