Prólogo

264 13 12
                                    

Como todos os dias eu estava sentada no mesmo banco de baixo da mesma arvore naquele mesmo parque, esse lugar me faz pensar muito sobre a minha vida, tenho 14 anos, daqui algumas semanas vou ter 15, muitos me dizem que será um grande passo pra mim fazer 15 anos, eu serei uma mulher praticamente, mas não me sinto assim, sinto que será só mais um aniversário, o diferente é que essa festa pretende ser incrível.

Me perco no tempo olhando a vista linda que tenho daquele banco, não me canso nem um pouco de olhar quão lindo são as pessoas caminhando lá embaixo, as arvores tão verdes e vivas, as águas de um pequeno lago que são tão reluzentes, me acordo do meu transe quando escuto meu celular tocar, olho para o visor do mesmo e vejo que é meu pai me ligando, atendo tranquila o celular sem perceber a hora:

-Oi pai, tudo bem?

-Filha aonde vc está?

-No parque pai pq? Vim pra cá depois de estudar, eu avisei vcs.

-Você não lembra do jantar que combinamos?, é daqui uma hora e sua mãe está surtando que você ainda não esta aqui.

-Já estou indo.

Desligo o telefone, pego a minha bolsa e corro até a saida do parque, sei como esse jantar é importante para o meu pai. Ao chegar na calçada vejo meu segurança me esperando na porta do carro, ao me ver ele abre a porta pra mim e seguimos o caminho para casa, um caminho silencioso e cheio de beleza por fora da janela do carro, que amo observar toda vez que passo por essa rua, ela é cheio de flores, de todos os tipos.

Sinto o carro parando e quando vejo estou na porta da minha casa, saio do carro rápido na intenção de passar despercebida pelos meus pais e chegar no meu quarto, na tentativa de fugir da bronca que levarei por ter perdido o horário para o jantar. Porém como a maioria dos meus planos, não deu certo ao chegar no pé da escada escuto a voz doce, calma e ironica da minha mãe:

-A senhorita acha bonito chegar esse horário em casa quando temos um compromisso importante?

- Mãe me desculpa

- As desculpas você dá para o seu pai depois, agora corre e vá se trocar antes que os convidados cheguem.

Subi o restante das escadas e cheguei a porta do meu quarto, fui até o banheiro tomei meu banho rápido porém bem relaxante, sai do box, me enxuguei e com outra toalha enxuguei meu cabelo, voltando ao quarto parei de frente ao meu closet e fiz aquela mesma pergunta que quase sempre faço antes de me trocar "Que roupa eu coloco?", essa indecisão me pertuba por uns 10 min até decidir ir com um vestido preto basico com uns detalhes de renda no pequeno decote e no final da saia e para completar uma sapatilha de brilho, o meu cabelo penteio e ajeito ele de modo simples em que o liso fique solto e ultrapasse o limite do meu ombro quase chegando ao meu cotovelo, com uma maquiagem simples termino de me arrumar e desço. No mesmo momento que estou na metade da escada a campainha toca, meu pai se levanta do sofá aonde ele estava e se aproxima ao hall da casa passando por mim no meio do caminho, sua cara transparece muito nervosismo, que realmente não consigo compreender o motivo, aliás as pessoas que vem aqui em casa são as pessoas que segundo ele são seus amigos, mas para falar a verdade meu pai nunca foi muito de se abrir, essas pessoas são muito importante pra ele mas não sei o porquê, meu pai só me contou que eles fazem parte de um passado maravilhoso e ao mesmo tempo doloroso para ele.

-Entrem por favor- escuto o Sr. James, nosso mordomo falar. Olho para direção da porta e um homem de cabelo castanhos, olhos azuis entra acompanhado de um outro homem alto de olhos verdes e cabelos grandes, eles comprimentam meu pai com um abraço que mesmo de fora se percebe que nesse abraço há muita saudade envolvida, depois do meu pai um dos homens vão até a minha mãe e a abraça também comprimentando-a, logo depois o homem de olhos azuis olha para mim e diz para o meu pai:

Girl Almighty (em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora