Capitulo 4

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Fui retomando a consciência aos poucos, senti meu corpo relaxado como se minha tensão tivesse ido embora, mas isso durou pouco pois logo senti o peso da algema em meu pulso. Ele estava lá, me olhando fixamente me deixando ansiosa e nervosa. Levantei da cadeira ainda tonta e fui até o espelho, eu ainda me encontrava no banheiro porém estava vestida e "maquiada".
— Você... fez…isso? — Minha voz saiu trêmula.
Ele apenas assentiu ainda me olhando fixamente, meu corpo tremeu quando o mesmo se aproximou e deu um sorriso.
— Comprei maquiagem para você. — Ele tocou minha bochecha. — E roupas também.
Senti meu estômago embrulhar e uma súbita vontade de vomitar, mas me contive e mantive meu olhar fixo no chão.
— Estou falando. — Rapidamente ele apertou meu queixo e me forçou a olhá-lo. — Olhe pra mim quando eu falar.
Eu assenti desesperada para que ele me soltasse e assim ele o fez, mas não antes de me encarar com seu olhar frio e amedrontador. Ele se afastou saindo do banheiro e eu desabei no chão, eu precisava pensar em algo que pudesse me ajudar a fugir. Minhas mãos suavam e meu peito doía apertado, respirei fundo tentando me acalmar, mas a imagem do seu olhar fixo em mim me deu ânsia. Me levantei rapidamente indo até a pia para vomitar. 
Uns minutos se passaram e ele voltou, minha aflição aumentou.
— Está com fome? — Perguntou.
— Sim. — Respondi me levantando, eu não estava com vontade de comer, porém meu estômago doía e eu não conseguiria ter força para fugir se continuasse assim.
Ele sorriu parecendo estar contente, tirou uma chave do bolso e abriu a algema.
— Vamos até a cozinha. — Ele me guiou por um corredor com luz escassa até a cozinha onde uma mesa redonda média estava posta com frutas, suco e algumas outras coisas.
Me sentei ainda enjoada, mas comecei a comer, ele permaneceu em pé ao lado da mesa me olhando comer.
— Obrigada. — Agradeci tentando ser gentil, talvez assim ele baixasse um pouco a guarda.
— Você gostou? — Seu olhar mudou e ele se aproximou ainda mais, me deixando desconfortável. — O que você gosta de comer? Vou trazer o'que você quiser.
— Gosto de bolo. — Tentei dar meu sorriso mais simpático. — Gosto de doces.
— Mesmo? Eu não sabia, mas eu deveria ter comprado já que mulheres gostam mais de coisas doces não é?
Eu assenti nervosa.
— Talvez seja melhor eu ir junto assim posso escolher melhor não é? — No mesmo instante sua expressão mudou e ele se irritou.
— Não, você não pode sair.
— Mas eu… — Ele me interrompeu com raiva.
— Você não sai e pronto.
Suspirei percebendo que argumentar não faria diferença e so o irritaria, decidi me calar e aceitar.
Vendo meu silêncio acho que ele pensou que eu estava magoada com ele pois se desculpou me acariciando os cabelos e disse que iria sair, mas logo estaria de volta.
Quando escutei o som da porta se fechando um certo alívio tomou conta de mim, porém ele estaria de volta logo e toda esta agonia iria recomeçar.

Quando escutei o som da porta se fechando um certo alívio tomou conta de mim, porém ele estaria de volta logo e toda esta agonia iria recomeçar

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Sally...

Meu Assassino (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora