Capítulo 15

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Era impressionante a forma que o destino gostava de me foder, ele não poderia ter levado mais tempo para chegar?
Adam me encarava com um olhar feroz, sua blusa manchada de sangue me fez rir.
— Do que está rindo? — Ele me empurrou contra a parede, suas mãos me apertavam tão forte, diferente das minhas que estavam trêmulas e mal se moviam para me soltar. Eu já não conseguia me mover.
— Por que não pode ser a mesma Sally de antes? — Sussurrou de forma persuasiva. — Só quero cuidar de você.
Eu não pude conter a risada. 
— Sequestrar e torturar é sua maneira de cuidar? — Adam se afastou me olhando de forma séria e fria, suas mãos me apertaram mais. — Por favor, você é doente. 
— Eu te ajudei. — Gritou furioso.
— Você me prendeu!
Adam me puxou pelo pulso, me neguei a ir e ele me deu um forte tapa me deixando desnorteada. Ele me puxou para fora do quarto e me empurrou pelo corredor, passamos pela porta que tentei abrir e ela estava aberta, escancarada. Pela rápida olhada que dei pude ver fotos em cima de uma estante e por um breve momento pensei "Deve ser a família dele" mas, mal tive tempo de dizer algo e ele me agarrou me puxando escada baixo. Me debati gritando por ajuda. 
— Pra onde tá me levando? — Ele não respondeu. — Fala! — Gritei batendo em seu peito no mesmo lugar que eu havia enfiado o vidro.
Ele me apertou contra o peito como se não se importasse com a dor do corte.
— Eu não queria fazer isso. — Adam tirou algo do bolso que não pude ver direito e logo senti algo me furar. Eu olhei para sua mão e vi uma seringa vazia, meu corpo foi enfraquecendo até que minhas pernas falharam e eu caí. Ele continuou em pé me olhando de forma fria e quieta, sua calma ao me olhar ali, caída e machucada me dava ânsia. 

Adam

Eu a levei para o porão, Sally me deixou irritado fazendo tudo aquilo. Não entendo o motivo que a faz querer voltar, seu namorado a deixou e já está com outra. Ninguém a procurou e seu namorado ligou apenas cinco vezes durante todo esse tempo, seis com esta última. Maldita hora que deixei esta merda ligada. Coloquei Sally sentada e a amarrei na cadeira, quando ela vai entender que eu a amo? Não vou deixar ela ir até entender isso, nem que eu tenha de deixá-la presa. 
Me pergunto se estou fazendo a coisa certa? Estou, com certeza. Meu pai diria que estou certo, se eu deixar ela ir irei perdê-la.
Sally dormia, mas não seria por muito tempo, então até lá eu subi para cuidar de meu corte. Fui até o banheiro e tirei a blusa, o corte estava um pouco fundo e doía, mas nada que eu não pudesse suportar.
Tratei de cuidar daquilo e voltar para o lado de Sally. Mesmo seu rosto estando machucado e suado não deixava de ser belo, eu sinto vontade de tocar e acariciar ela até cansar, mas só o faria se ela quisesse. Nunca senti isso por outra garota que trouxe aqui e ela foi a única que me deixou tocá-la. O tempo passava e Sally demorava para acordar, espero que não demore tanto pois temos muito o que conversar.

Meu Assassino (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora