Capítulo 7

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Procuro algo que eu possa me defender pois havia esquecido o vidro no quarto. Não havia nada que eu pudesse usar então simplesmente me viro ficando de frente para o mesmo, ele me fuzilou com um olhar de raiva e se aproximou rapidamente. Eu aperto fortemente os punhos e quando Adam se aproxima tento acertá-lo. Ataco seu rosto, mas ele é mais rápido e se esquiva me fazendo acertar seu braço, ele fica surpreso pelo ataque, mas não demora e revida vindo pra cima.
Ele me empurra e fica por cima de mim, ele não parecia tão forte, mas agora vejo que me enganei em achar que seria fácil. O maior segura com força meus pulsos e já quase sem conseguir me mover eu desisto.
— Por que? — Pergunta indignado.
— O por que eu pergunto… — Desabei em lágrimas sentindo meu peito doer. — Você é louco me solte.
Eu me debati, suas mãos soltaram meus pulsos e apertaram meu pescoço o que me deixou atordoada e sem ar.
— Eu só quero cuidar de você. — Ele parecia transtornado. — É assim que agradece? Eu penso em te animar e é assim que retribui? Tentando voltar para quem só te magoou?
Eu já não pensava mais com clareza e quase perdi a consciência quando ele me soltou. 
Senti meu corpo fraco e uma súbita vontade de desistir tomou conta de mim. 
— Você não vai mais fugir. — Tendo dito isso ele sorriu assustadoramente e me agarrou pelos cabelos me puxando de volta. Eu gritei e implorei por ajuda, ele me puxava ainda mais enquanto eu tentava me soltar.
Ele me trouxe novamente para casa e me jogou no chão da sala, a sensação que tive naquele momento era inexplicável.
— Me desculpa eu não sei por que agi assim. — Tentei amenizar, porém quanto mais falava com mais raiva ele ficava.
— Você vai aprender a não tentar mais fugir. — Tentei me defender, porém o medo não deixava, me senti fraca e impotente e aquela força que tive minutos atrás para tentar revidar havia sumido.
Tentei fugir para o quarto mas ele me agarrou pela cintura e me levou para o que parecia ser um porão. Ele me empurrou e fechou a porta atrás de mim.
— Você vai ficar aí até se arrepender do que fez. — Gritou com ódio trancando a porta. Estava tão escuro que eu não enxergava nem minha própria mão.
— Não, por favor. — Bati desesperadamente na porta. — Me desculpe, eu não farei isso nunca mais.
Eu gritei, gritei implorando para sair, mas ele não veio. E assim se passaram horas e horas.
Minha boca já estava seca e meu estômago doía reclamando por comida, porém eu não queria comida ou água, queria apenas sair daquele pesadelo no qual me encontrava mas... pelo visto... Eu jamais acordaria dele.

Meu Assassino (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora