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Julie.

Entro em casa e subo direto para o meu quarto com a esperança de que Luke já o tenha desocupado, mas é claro que ele não desocupou.

Reviro os olhos ao entrar e ver suas coisas espalhadas por todos os lados, procuro por ele para pedir que ele arrume essa bagunça e saia do meu quarto, mas não o acho; então começo eu mesma a juntar suas roupas.

Escuto um barulho na porta e quando me viro vejo Luke com uma toalha amarrada na cintura e outra em suas mãos, secando os cabelos que pingavam água. Solto um grunhido baixo de frustração.

Ele parece surpreso ao me ver, mas oras o que ele esperava? Esse é o meu quarto! Levo as mãos as cinturas e desvio o olhar de seu corpo parcialmente despido.

- O que você está fazendo aqui? – Luke pergunta e entra no quarto despreocupadamente.

Solto um riso sarcástico e cruzo os braços.

- Acho que eu que devia te fazer essa pergunta, não é mesmo? O que você está fazendo aqui? Morando na minha casa e dormindo no meu quarto. – Ele arqueia uma sobrancelha e se aproxima de mim.

- Será que você poderia dar minha camisa?

Olho confusa para ele e em seguida percebo que estou segurando algumas peças de roupas suas por baixo de meus braços cruzados.

- Tome – Bufo e empurro as roupas dele que estavam em minha mão em seu peito, soltando as logo em seguida sem me importar se ele irá conseguir segura-las.

Caminho decidida até a porta do quarto em seguida, mas antes de sair aviso:

- Você vai ficar no quarto de hóspedes, quero meu quarto desocupado dentro de uma hora. – Não espero resposta e desço as escadas novamente.

Me sento no sofá e suspiro, ainda não consigo acreditar que Luke está realmente morando na minha casa.

Pego meu celular e decido ligar para Flynn, já que faz tempo que não nos falamos e estou curiosa para saber o que ela quer tanto me contar.

Digito seu número rapidamente já que o sei de cor, ela atende no terceiro toque.

- Julie! – Ela exclama.

- Flynn! – Exclamo também. – Como você está? Quando a gente vai se ver? Sabia que estou de volta? – Pergunto tudo de uma vez e escuto sua risada.

- Eu estou ótima Juls, mas e você? Como foi na Itália? Conheceu muitos meninos gatinhos por lá? – Ela coloca um tom de malicia na voz e quase posso ver ela arqueando suas sobrancelhas em um gesto típico de Flynn.

- Estou bem Flynn, sinto que finalmente consegui superar a morte dela. – Suspiro.

- Fico feliz por você Julie, foi tão difícil te ver passar por tudo isso sem poder fazer nada além de te dar apoio. – Sorrio com a declaração, Flynn sempre me ajudou tanto em tudo. – Mas então, e a Itália e os meninos gatinhos? – Ela insiste.

- A Itália é incrível Flynn, minha tia me levou em todos os pontos turísticos possíveis, e nas férias fomos para a Suiça e depois França, foi demais. E não tem meninos, você sabe que não fui para lá com esse intento. – Conto.

- Mas poderia ter aproveitado, tenho certeza que você encantou todos os ragazzi (meninos) de lá. – Reviro os olhos e sorrio.

Continuamos conversando por mais algum tempo e percebi que todas as vezes que eu tentava tocar no assunto de quando iriamos nos ver, ou as novidades que Nick disse que ela queria me contar, Flynn dava um jeito de mudar de assunto e não me falar nada sobre.

Everything's About HerOnde histórias criam vida. Descubra agora