Capítulo 2 • Parte 2

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Já estávamos na quinta garrafa de cerveja

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Já estávamos na quinta garrafa de cerveja. Eu era um pouco fraca para bebidas, por isso já me sentia um pouco mais solta e sentia que ele também, mas mesmo assim não conversávamos muito.

Era um pouco mais de meia-noite, eu já estava agoniada com aquela roupa, mas só poderia tirá-la quando ele fosse se deitar na outra sala. A única coisa que eu tinha de roupa confortável, era um babydoll vermelho que eu havia comprado no shopping na hora do almoço.

- O que você acha de brincarmos de verdade ou desafio? - ele perguntou e eu arqueei a sobrancelha. Aquilo não era uma boa ideia, não é?

Eu deveria dizer não, era a coisa mais certa a se fazer. Entretanto, estava tão entediante ali que era a única coisa que sobrava para fazermos além de dormir.

- Vamos - eu disse.

- Vamos sentar no chão então - ele pegou uma garrafa vazia e se sentou no chão. Me levantei de minha poltrona e me sentei de frente para ele. Christopher colocou a garrafa entre nós e a girou. A boca da garrafa apontava para quem seria desafiado. Quando ela parou, a boca estava virada para ele.

Sorri animada.

- Verdade ou desafio?

- Verdade.

- Qual a situação mais constrangedora que você já passou? - perguntei.

Ele pensou um pouco antes de responder.

- Foi quando eu resolvi perder a minha virgindade. Era com uma amiga de minha prima, quase dez anos mais velha que eu, mas sempre que me via tentava algo. Eu tinha dezesseis anos e estava empolgado, mas na hora acabei broxando. Não subia de jeito nenhum! - ele gargalhou e eu também não pude deixar de rir - Eu estava muito nervoso também.

- Então você não ficou com ela? - perguntei.

- Acabamos ficando em uma festa depois, quando eu já tinha dezoito anos e não era mais virgem.

- Pelo menos ficou - ri.

- E ela vomitou em mim enquanto tentava abrir minha calça.

- Meu Deus - coloquei a mão na boca, não segurando o riso.

- Ela estava muito bêbada. Eu realmente fiquei preocupado com ela, se ela estivesse com um cara ruim, sabe Deus o que ele faria com ela.

- Realmente, é preocupante...

Ele assentiu e girou a garrafa novamente. Dessa vez, a boca estava apontada para mim.

- Verdade ou desafio, Dulce?

- Verdade.

- Qual o seu maior desejo ultimamente? - ele perguntou.

- Em que sentido? - perguntei.

- Sexual.

- Não quero responder - disse rapidamente.

- Então você terá que beber um gole dessa pinga. - ele pegou a garrafa dentro de sua mochila e eu assenti.

Ele pegou meu copo vazio de cerveja e colocou uma pequena dose, como se fosse naqueles copinhos. Eu virei rapidamente e senti o líquido queimar minha garganta.

Seguimos o jogo com algumas perguntas mais fracas, mas acabávamos bebendo alguns goles de pinga em algumas perguntas. Eu sabia que já estava bem mais solta e ele também, principalmente porque as perguntas começaram a esquentar.

Evitávamos desafios porque não tínhamos muito o que fazer, mas quando alguém dizia algum desafio bobo, bebíamos. Sabíamos que era para que nós soltassemos mais.

- Qual foi o lugar mais diferente que voce já fez sexo? - ele perguntou.

- Acho que na parte de trás de uma camionete em um terreno abandonado. Estava de noite e não tinha como fazer dentro da camionete.

Christopher assentiu e girou novamente. Ele perguntava novamente.

- Você costuma ter sonhos eróticos?

Sim, com você.

- Sim - ri.

Girou novamente. Eu pergunto.

- Verdade - ele disse.

- Qual é seu maior desejo sexual que nunca teve a chance de realizar?

Ele pareceu pensar e eu pude ver o desejo em seus olhos antes dele morder o lábio e negar com a cabeça.

- Vou beber um gole da pinga - ele disse, pegando a garrafa e servindo uma dose para ele, virando-a em seguida.

- É tão pesado assim? - perguntei.

- Depende do ponto de vista - ele disse rindo.

O álcool já estava fazendo efeito em meu corpo e eu sentia que ele estava esquentando, tirei minha blusa e girei a garrafa. Ele perguntava.

- Verdade ou desafio?

- Verdade.

- Qual é a sua posição favorita?

Arregalei os olhos. Por essa eu realmente não esperava.

- De quatro.

- É uma ótima posição para dar tapas na bunda. - ele disse rindo.

Oh. Eu amava tapas.

Se tornou inevitável não imaginá-lo me fodendo de quatro bem forte em cima do sofá ou no chão, com minha bunda vermelha por causa de seus tapas.

Ele girou a garrafa novamente e dessa vez eu perguntava.

- Quem foi a última pessoa que você pensou enquanto se masturbava? - perguntei.

Ele bebeu mais um gole da cachaça.

- É melhor deixar para lá - ele mordeu os lábios.

Girou mais uma vez. Eu pergunto.

- Você me acha atraente? - arregalei os olhos quando disse em voz alta o que deveria ter ficado só em meus pensamentos.

- Muito, Dulce.

Mordi o lábio e girei a garrafa novamente. Ele pergunta.

- Você se sente atraída por mim, Dulce?

- Sim - mordi o lábio e pude vê-lo sorrir malicioso.

Eu já podia imaginar como tudo terminaria.

Girei novamente. Eu pergunto.

- Agora quero desafio - ele disse. Eu sabia exatamente onde ele queria chegar.

Eu gostava de ser direta.

- Eu te desafio a me beijar - mordi o lábio.

Ele se aproximou de mim e me beijou, puxei-o para se deitar em cima de mim sem parar o beijo. O modo como ele me beijava com tanta intensidade me fez pensar se ele se sentia tão atraído quanto eu. Paramos o beijo quando o ar faltou e nos olhamos, não sabia dizer o que estava sentindo naquele momento, a única coisa que podia concluir era que o beijo dele era melhor do que imaginei.

- Sabe qual é o meu maior fetiche ultimamente, Dulce? - ele perguntou roçando nossos lábios. Podia sentir sua ereção.

- Qual? - perguntei.

- Foder você em cada canto dessa sala.

Mordi o lábio e pude sentir a ansiedade tomar conta do meu corpo.

- Que coincidência, Christopher. É o meu maior fetiche também.

Ele sorriu malicioso e voltou a me beijar.

Inevitável (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora