Endlessly • Luke Hemmings {AU}

Capítulo 4 - Alone Together

"Say yeah! Let's be alone together

We could stay young forever

Scream it from the top of your lungs, lungs, lungs

Say yeah!

Let's be alone together

We could stay young forever

We'll stay young, young, young, young, young"

~Alone Together, Fall Out Boy

-:-:-

A Morgan e o Luke deixaram-me em casa, em frente à porta. O dia já me estava a correr tão mal - não ia ser por o meu pai ver ou não o carro da Morgan que iria piorar.

O Luke tinha ido no banco de trás comigo, e tinha estado constantemente a contar-me piadas de que se ia lembrando para me tentar animar. Eu sorria, mas era só mesmo por saber que estavam ambos a tentar ajudar-me.

-Se precisares de alguma coisa, liga, - avisou a Morgan, estacionando o carro. - Sejam que horas forem.

-Até porque a Castillo costuma passar as noites acordada no Omegle.

-Luke!

-Pronto, peço desculpa, é no Chat Roulette.

A Morgan lançou um lamento de frustração e escondeu a cara no volante, resmungando o quanto odiava o Luke.

-Adiante. Young, queres que te leve à porta?

Abanei a cabeça e sorri-lhe em agradecimento, antes de pegar na minha mochila preta e sair do carro. Procurei as minhas chaves na bolsa de fora da mochila, mas acabei por perceber que não seria necessário quando vi a mãe da Laurel e da Tiffany abrir a porta, de olhos semicerrados.

-Entra, - ordenou ela, num tom de voz furioso.

Baixei a cabeça e entrei em casa rapidamente, sem sequer ter tempo para olhar para trás para o carro da Morgan que ainda estava estacionado em frente à casa visto que a Jocelyn, a minha madrasta, fechou a porta com um estrondo.

-Para a sala, agora!

Fiz como ela me mandou e apressei-me a ir para a sala, onde a Tiffany estava a passar os olhos por um catálogo e a Laurel estava a mandar mensagens a alguém com um sorriso enorme na cara.

-Queres-me explicar o que se passou na festa da noite passada? - exigiu a Jocelyn saber, obrigando-me a sentar-me no sofá com movimentos bruscos.

-Boa sorte a safares-te desta, - riu-se a Tiffany, antes de marcar uma camisola com uma caneta para a encomendar mais tarde.

-A tua irmã contou-me o que tu fizeste! - exclamou a minha madrasta.

Queria-lhe dizer que a Laurel não era a minha irmã, mas não podia. E não era por não conseguir falar.

A Laurel levantou os olhos do ecrã do telemóvel ao ouvir a sua mãe mencioná-la.

-Como é que foste capaz de envergonhar a tua irmã numa festa em frente à escola toda e em frente ao rapaz de quem ela gosta!? Achas-te engraçadinha!? Pois então estás de castigo! Vais-me dar o teu telemóvel e o teu computador, e vais ter de limpar a casa de uma ponta à outra enquanto eu e as tuas irmãs vamos jantar fora. O teu pai vai fazer serão no escritório, por isso nem penses em fazer-te de coitadinha com ele.

Quis chorar, quis gritar que a Laurel lhe tinha mentido com os dentes todos, quis dar uma chapada na cara da rapariga a que eu era obrigada a chamar de irmã. Mas não podia - estava em minoria.