Capítulo 4: projeto de Alerquina

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Victor Augusto

assim que chegamos em frente a minha casa eu desço da moto e ajudo a menina a descer também. cá entre nós, ela é bem baixinha! ela me entrega o capacete e eu o coloco em cima da moto

- vamos entrar, a Voltan deve estar aí - falo

- por quê eu confiaria em você? vai que você é um psicopata e quer me matar - ela diz e eu dou risada

me aproximo dela e percebo que a mesma fica tensa. sussurro em seu ouvido:

- não precisa ter medo.eu posso até ser um psicopata, mas matar você seria um crime até para mim - depois me afasto e reparo que ela ficou arrepiada. solto um sorriso ladino e caminho até a porta. deixo ela passar primeiro, fecho a porta, caminho até a cozinha e a menina me segue. quando chego lá a Voltan e dona Lúcia estão sentadas na mesa conversando. forço uma tosse e os olhares de ambas se direcionam para nós. 

Voltan dá um pulo da cadeira e solta um grito. meu Deus que menina escandalosa! Carol e a menina se abraçam muito forte.

- nossa Babi, você tá muito diferente, olha para você, tu ta acabada mulher

- ah, eu não faço questão de me cuidar depois do... você sabe

- sei... bom, deixa eu te apresentar. Coringa, essa é a Babi, e Babi, esse é o Coringa. 

- Coringa?! - ela fica confusa

- sim. na verdade esse é meu vulgo - esclareço

ela assente

- tia Lúcia! - Babi grita e vai andando até ela que a abraça

- oi minha filha! como você tá? - dona Lúcia pergunta

- to indo né... mas me conta como foi esses anos que eu passei fora?

- foram... diferentes?! - Voltan diz

- já comeu Babi?! - Lúcia pergunta - vamos comer - vai até o fogão onde tem as panelas de comida

- já sim - eu só estou cansada, a viajem foi longa... - ela diz

- vamos arrumar suas coisas lá em casa - Carol diz

- tem quarto lá Voltan? - pergunto

- não, mas a gente consegue dar um jeito né - solta uma risada

- ela pode ficar naquele quarto aqui em casa - falo

- não precisa se encom... - tenta falar mas Carolina a interrompe

- muito bom! hoje ela dorme lá em casa e amanhã eu e ela vem aqui para limpar aquele quarto. valeu Coringa - fala animadamente

- ok?! não tenho opção mesmo né Voltan?! 

escutamos um barulho alto da porta abrindo. rapidamente saco minha glock de trás da calça e faço sinal para elas ficarem ali na cozinha. vou andando lentamente até eu ter a vista da sala, solto um suspiro aliviado quando vejo Crusher entrando com  a mala da Babi 

- caralho Crusher! porra... quer me matar é?! - falo colocando a arma em cima de uma mesinha

- o quê porra?! ta em choque? - diz e ri - de quem é essa mala? e porquê esse caralho tá tão pesado?

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