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Ao acordar e ir direto para o banheiro presente em meu quarto, escuto minha mãe trazer o café da manhã. Não pude negar, estava com tanta fome. Não sei o que houve durante meu tempo no banheiro, olho para minha janela remontando as memorias da madrugada e há um cadeado. Sinto uma profunda tristeza ao perceber a situação que me encontro, mas não me deixo levar por isso. Sabia que haveria um grampo em algum lugar daquele quarto, e ao achar abri a janela.

Antes de pular, olho para trás e penso em uma vida inteira nessa casa. Não hesito em desejar tudo para trás, não quero que meus futuros filhos pisem nessa casa, ou que meu marido saiba de meu passado doloroso, literalmente. Não sei exatamente para onde vou, talvez na praça encontre alguém, ou um velho amigo — se é que ainda existem.

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Tanto tempo se passa que só percebo quando o sol começa a esfriar: está anoitecendo. Passei o dia na floresta, dessa vez em um lindo campo, onde só haviam ômegas. Vez ou outra comia algumas frutas de lá, caminhava, me distanciava. Agora, estou desejando que o caminho para casa seja calmo. Me guio pelas luzes dos postes, alguns estabelecimentos ainda abertos.

Me sinto uma presa.

- ?? - Veja só o que temos aqui. — Me assusto ao ver algumas sombras saírem de um beco. Alfas.

- Akira - O que vocês querem? — Escuto suas risadas maliciosas.

- ?? - É sério? — O do meio ri sarcasticamente. — Quer que eu pergunte o que está fazendo na rua uma hora dessas? Melhor, como foi seu dia?

- Akira - Eu preciso ir. — Sussurrei, tentando não correr.

- ?? - Não vá tão cedo. — Adiantei os passos quando pude escuta-los ranger os dentes. Prontos para devorar.

- ?? - Luca, Bryan e Yiago. — Paralisei ao escutar aquela voz. — Porra, vocês estão no cio?

- Luca - Isso não é hora de lição, Matias. — Pude encarar cada um deles enquanto estavam distraídos. — Quer participar também?

- Matias - Você está me confundindo, seu idiota? — A briga estava pronta, seus olhos estavam tão escuros. — Some da minha frente.

- Bryan - Ei! — Fui pego tentando escapar. — Onde pensa que vai?

- Akira - Me deixe em paz! — Dessa vez tento não vacilar.

- Bryan - Tá perdendo a noção? — Me assusto ao observar ele se aproximar. — Ele não é seu salvador, só não quer que sejamos os primeiros a ter comer.

- Akira - Fica longe! — Sinto todas as células do meu corpo queimarem, meus estímulos me pedem para atacar, mas eu quero correr.

Tarde demais. Me transformo em lobo, tão sensível quanto, sou apenas uma piada para eles. Mas não posso deixar que isso transpareça, preciso ser forte.

- Yiago - Há quanto tempo não vejo um lúpus. — Sua entonação exprime maldade e ânimo. —

- Bryan - Parece um anjo caído. — Rosno quando sua mão tenta me acariciar, agora estou cercado.

Ataque akira, ataque!

- Bryan - Seu idiota, isso dói porra! — Esse parece ser o mais corajoso, o observo se transforma em lobo, não tão forte, não tão escuro. Apenas confiante.

- Matias - Sempre é ele.

Ignorei os comentários do restante dos alfas, esse lobinho não parecia tão difícil. Percebi isso quando o joguei contra a parede, posso ler seus próximos passos, por isso é tão ingênuo, tão burro. Simples demais para um alfa.

DOMINANDO UM ALFA  - Y A O IOnde histórias criam vida. Descubra agora