Um papo estranho - Capítulo 2

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POV PERCY: 

  Chegamos em casa no sábado, e essa última semana foi bem corrida, o primeiro lugar que passamos foi no médico, mesmo com eu e Annabeth dizendo a minha mãe que estávamos ótimos, mas ela fez questão de nos levar, explicamos que estava desaparecido e que Annie me encontrou na floresta sem memória mas ela voltou depois de uma boa noite de sono, o médico disse que foi um trauma, alguma crise ou algo do tipo, me deu um remédio que não vou tomar porque meu problema não foi nenhuma crise e sim o fim do mundo, ele nos deu um atestado e fomos para a delegacia, chegamos lá e explicamos a mesma fita, minha mãe já tinha feito queixa do meu desaparecimento e agora estava tudo certo, a não ser pela escola...Estávamos indo pra lá quando pessoas com câmera e gravadores vinham me perguntar sobre o meu caso, o menino culpado por incêndios na escola, explosões de carro, expulso de sei lá quantos internatos, desapareceu por 9 meses, parece que minha cara vai aparecer no jornal, de novo...Chegamos na escola e explicamos tudo, e advinha, NÃO VOU REPETIR DE ANO! ufa estava com medo disso acontecer, mas a escola disse que teria de pegar toda a matéria que perdi desde o final de Janeiro até o início de Junho e que teria aulas de reforço todas as segundas, quartas e sextas, minhas aulas e de Annabeth começariam dia 1 de Setembro, novo ano - último na verdade - novo inferno - e olha que já estive lá e é bem parecido - e depois, faculdade, nova roma, uma vida com Annie, é eu estou bem feliz.

  Não estou nada feliz, não achava que teria de estudar tudo isso em 1 mês e a tarde depois das aulas, hoje é domingo pé de cachimbo e faz exatamente 1 semana e 1 dia desde que eu voltei pra casa, não aguento mais estudar, minha mãe e Annie me ajudam é claro, mas parece que elas entendem a matéria melhor do que eu sendo que eu que passo noites em claro revisando essa porcaria - o pior - Annie me botou de castigo pra estudar, sem televisão, e minha mãe não discordou, ah céus estou perdido convivendo com essas duas. Ah Annie ainda está em casa, quando ela não está estudando comigo, me ajudando, está no telefone e com uma revista de imóveis na mão, marcando horários para visitas, e etc...ela também anda querendo me deixar a sós com minha mãe, toda hora tendo que sair pra fazer tal coisa ou tal coisa, acho que ela se sente culpada por me ver primeiro antes de minha mãe - digo depois que a versão hera psicótica sugou minha memória e tal - aí ela acaba querendo recompensar ou sei lá, ela acabou de dizer que ia no mercado, mas ela também foi ontem ou seja não tinha necessidade. Eu concordei e voltei a estudar, estava na sala, com minha mãe lendo um livro no sofá, ela se virou pra mim.

  —Temos que conversar - engoli em seco, odeio quando as pessoas falam isso, sempre tenho uma pequena taquicardia - Acho que está na hora de termos aquela conversa...

  —Aquela conver...? - que conversa? - A não mãe - coloquei minha cabeça na mesa por cima do meu caderno - não vou falar disso com você.

  —Vai sim! - ela disse me olhando - quase aconteceu uma vez naquele barco, quase ou aconteceu mesmo!

  —Já disse que não houve nada! - falei ainda com a cara no caderno - Já levei bronca de um sátiro com o bastão de beisebol apontado pra minha cabeça, não é suficiente?

  —Não, não é! eu sou sua mãe e eu também não vou te dar bronca - ela disse.

  —Não? - perguntei a olhando.

  —Não, vou assegurar que fique seguro.

  —Ahhhh - coloquei a cabeça no caderno de novo - Eu já sei disso mãe, use camisinha e blábláblá...

  —Use mesmo! Não seja irresponsável, espero que nunca tenha feito sem - ela queria mesmo falar disso?

  —Mãe eu sou virgem céus -  estava vermelho.

  —Ah.. ann... ta bem - ela gaguejou, céus quando isso vai acabar? - Mas você quer? - perguntou - Ta pronto?

  —Sei lá mãe, acho que sim não sei, porque tá tão interessada? - indaguei.

Percabeth na escolaOnde histórias criam vida. Descubra agora