O relógio ao lado da minha cama marcava 02:16 AM, observava o teto tentando dormir, fiz de tudo, contei carneiros até não ter mais, mas sempre me distraia com algo de errado que estava em meu quarto, um quadro torto, uma boneca fora do lugar, prometia para mim mesma arrumar aquilo de manhã, mas adivinha? Essa é a 5 noite seguida que minha mente fica me impedindo de dormir.
Ouvi um barulho na porta, olhei, provavelmente não era nada, ou apenas o sono me pregando peças, mas eu sorri, me fez lembrar de quando George tinha pesadelos e vinha para meu quarto, com suas enormes pantufas e um ursinho que ele não largava de jeito nenhum. Era sempre comigo, ainda me lembro da sua voz claramente falando: "Não quero dormir com o Bill, ele se meche muito, você é quentinha", se deitava ao meu lado e dormia como um anjo.
Ouvi passos, estranho, já que todos já estavam dormindo.
– Bill? – Pronunciei em um sussurro alto. Nenhuma resposta – Bill? – Falei novamente, nada.
Me levantei e fui até a porta, ouvindo passos pela escada e seguindo para a cozinha.
– Bill, se for você me responde, isso não tem graça – Desci as escadas, a cozinha estava apagada e a porta da dispensa entreaberta – Se for alguma brincadeira para me dar susto você vai estar muito fudido amanhã.
O ranger da porta da dispensa tomou toda a cozinha silenciosa, saindo consigo um balão, vermelho sangue, tão cheio que dava para ver o outro lado de sua estrutura. Foi acompanhado de mais cinco, não sete, doze? Já não conseguia mais contar, estava por todos os lados, meu coração palpitava tão forte que parecia que pularia do meu peito a qualquer momento.
Uma mão com uma luva branca e babados apareceu para fora da dispensa, dei alguns passos para trás e me virei para correr, mas me deparei com o ser mais assustador que eu já havia visto na minha vida, um palhaço com uma cabeça enorme acenando para mim.
Eu gritei, tão alto que poderiam ouvir a duas quadras de casa, o palhaço parecia sorrir mais ainda com os gritos, se sentia satisfeito com a cena, então finalmente pronunciou.
– Você sente saudade do George Ophelia? Por que não vem flutuar com a gente? – Sorriu ainda mais largo se aproximando.
Andrei para trás ainda entre gritos, chamando meus pais e meu irmão, logo ouvi eles correndo pelas escadas. Sentia a parede contra meu corpo, o ser se aproximou ainda mais e eu cobri meu rosto, até sentir suas mãos em meu ombro, assim que abri meus olhos, eu vi mamãe, papai e Bill, apenas eles.
Meu pai me balançava esperando alguma resposta, minha mãe e Bill estavam assustados, não havia mais nada do palhaço, nenhum daqueles incontáveis balões, apenas minha família.
– Ophelia filha, fala comigo, oque aconteceu? Filha?! – Meu pai tremia.
– Um palhaço – Falei sem quase sem ar – Tinha um palhaço aqui! – Olhei para eles que não apreciam acreditar – Eu estou falando sério, tinham balões e-e aquele palhaço enorme – Gaguejei.
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𝑶𝒑𝒉𝒆𝒍𝒊𝒂 𝑫𝒆𝒏𝒃𝒓𝒐𝒖𝒈𝒉 - 𝑰𝑻 - 𝑹𝒊𝒄𝒉𝒊𝒆 𝑻𝒐𝒛𝒊𝒆𝒓
Fanfiction┏━━━━━━━━•ೋ•°°•ೋ• "𝖮𝗁, 𝖮𝗉𝗁𝖾𝗅𝗂𝖺 𝖵𝗈𝖼𝖾 𝖾𝗌𝗍𝖺 𝖾𝗆 𝗆𝗂𝗇𝗁𝖺 𝗆𝖾𝗇𝗍𝖾, 𝗆𝖾𝗇𝗂𝗇𝖺, 𝖽𝖾𝗌𝖽𝖾 𝗈 𝖽𝗂𝗅𝗎𝗏𝗂𝗈 𝖮𝗁, 𝖮𝗉𝗁𝖾𝗅𝗂𝖺 𝖰𝗎𝖾 𝗈 𝗉𝖺𝗋𝖺𝗂𝗌𝗈 𝖺𝗃𝗎𝖽𝖾 𝗈 𝗍𝗈𝗅𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝗌𝖾 𝖺𝗉𝖺𝗂𝗑𝗈𝗇𝖺" Um grupo de crianç...