Capítulo oito

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"Ele tem fama de galinha e conquistador".

"Sua namorada também, e isso não parece incomodar você".

"Não precisa ofender a Maia".

"Não estou ofendendo-a, estou dizendo a verdade, além do mais, você ofendeu o Jace primeiro. Você não o conhece Sebastian, não o julgue".

"Estou apenas mostrando como me preocupo com você".

"Eu agradeço muito, mas já tenho um irmão, e além de tudo, Jace é perfeito pra mim, ele me faz sentir como nenhum outro jamais conseguiu".

"Nossa Clary, achei que tínhamos tido um relacionamento legal, eu me lembro com muito carinho do que tínhamos".

Ela sorriu.

"Ora Sebastian, mas eu não disse o contrário. Apenas estou dizendo que não precisa se preocupar comigo, afinal creio que não poderia estar em melhores mãos - ela disse e depois rolou os olhos - E que mãos - Baixou o tom de voz para dizer isto, mas Sebastian ouviu.
"Creio que você saiba o que faz. - ele disse descontente - Bom, espero mesmo que ele seja bom".

"Ah ele é...Sim ele é bom, muito bom. Em todos os sentidos que possa imaginar".

Clary retornou do almoço e foi direto para sua sala, ainda sentia o vigor da felicidade, apesar do desprazer de encontrar seu antigo noivo.

Sentou-se em sua cadeira e inclinou-a um pouco.

Quase um mês já se passara desde que ela começou a se encontrar com Jace, em breve o acordo estaria terminado, ela o pagaria e estariam livres para seguir suas vidas.

Ela estaria livre para por sua vingança em prática.

Um leve desconforto revirou seu estômago quando pensou em transar com Sebastian de novo.
 

Tinha certeza de que não sentiria nada.

Sim, Sebastian a satisfazia, mas isso fora no passado. Fora antes de Jace.

Depois de ter conhecido a intensidade do prazer verdadeiro e suas varias facetas, como ela se sentiria com mais do mesmo? Por que era tudo o que Sebastian poderia lhe dar, nada mais que alguns breves minutos de uma cópula ritmada, como se ele ensaiasse e repetisse os mesmos movimentos sempre.
Percebeu ali que não estava mais interessada em se vingar de Sebastian, sequer cogitava mais a idéia de dormir com ele.

Percebeu também que falara a verdade quando lhe dissera que se sentia agradecida por terem terminado. Realmente sentia.

Não fosse o fim daquele noivado ridículo, ela jamais teria se aproximado de Jace.

Virou a cadeira de costas para a porta e começou a rodá-la.
Sorriu ao lembrar o que aquele loiro russo estava conseguindo dela. Solta-la por completo. Só de imaginar que apenas naquela manhã tivera de fazer um esforço enorme para não ligar para ele e repetir a façanha da noite passada, aquilo tudo lhe fazia rir.

Jace era incrível.

Suspirou intensamente e ouviu algumas batidas na porta.

"Entre"

Ela disse, mas havia um tom de irritação na voz. Por que sua secretária não lhe telefonou primeiro?

A porta se abriu, mas Clary não olhou para ela. Apenas continuou a rodar a cadeira de costas.
"De mau humor depois da performance de ontem cachinhos ruivos? O que poderia te deixar mais feliz?"

Ela ouviu aquela voz recheada de sotaque às suas costas e seu coração disparou. Antes mesmo que se virasse o sorriso já habitava seu rosto.
"Jace".

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