Amor Por Contrato - Clace

Capítulo Dezesseis

Quando desceu do carro e encostou nele, achando que esperaria muito tempo até ver o almofadinha sair do prédio, Jace deu de cara com o próprio, já seguindo para sair.

Com algumas passadas rápidas prostrou-se diante dele.

Sebastian tomou um enorme susto ao ver o loiro em sua frente com cara de poucos amigos.

"Oi Sebastian. Acho que precisamos ter uma conversinha".

Jace agarrou o colarinho da blusa bem passada de Sebastian e o puxou para trás das pilastras sem lhe dar muito tempo para responder ou pedir ajuda.
 

"O que é isso?" - perguntou o Sebastian assustado.

"isto, é um aula de como tratar a mulher alheia".

Jace desferiu-lhe um soco no estômago e Sebastian arfou.
 

"Ouça o que eu vou lhe dizer seu filhinho de papai desgraçado. Clary é minha, espero que compreenda isso. Sendo assim, eu exijo que você a respeite. Hoje, e apenas hoje, eu não vou estragar sua cara de mauricinho, mas em compensação, você vai voltar lá, vai subir até o andar de Clary e vai dizer a ela que sente muito. Vai dizer também que nunca mais irá desrespeitá-la e que vai deixá-la em paz. E quando fizer isso Sebastian, seu celular deve estar no viva voz para que eu ouça, você entendeu?"

Ele assentiu rapidamente.
 

"Mais uma coisa, no dia que você sonhar em chamar minha garota de prostituta de novo, pense no amor que tem aos dentes. Se você voltar a perturbar Clary, Sebastian eu juro por Deus, eu vou caçá-lo e acabar com a sua raça".
Jace o soltou e ele cambaleou.
 

"Meu pai...é um advogado..."

Jace gargalhou.
 

"O meu pai é ministro, meu tio é juiz, meus primos são promotores. Não importa. Nâo me interessa em quem se apoia seu covarde, agora vá lá e faça o que eu disse. Depois esqueça que conhece minha namorada ou eu vou fazer você se arrepender".
Jace conectou o celular com o de Sebastian e continuou no mesmo lugar.

Sebastian o encarava com um olhar de terror, enquanto Jace lhe olhava com um olhar feroz e amedrontador.

"Quero ouvir a voz dela, e vai ser muito, mas muito bom pra você se ela disser que perdoa, então vai rezando e quando chegar lá, implora se for necessário".

Sebastian engoliu em seco e rumou nervosamente para dentro do prédio. Quando passou pelo segurança o mesmo o questionou:
 

"Está tudo bem senhor Verlac?"

Ele deu um última olhada de relance para Jace.
 

"Sim, está tudo bem".

Depois disso sumiu no elevador.
Não tardou muito em Jace ouvir as súplicas dele para que Lydia o deixasse entrar. Riu sozinho encostado a pilastra imaginando a cara de horror de Sebastian ao saber que Clary não o receberia tão facilmente, mas finalmente ouviu a voz dela soar no aparelho.
 

"Tem cinco minutos contados Sebastian, o que quer?"

Ele sorriu e tremeu.

A voz de Clary lhe causava arrepios e o fato dela soar metalizada pelo aparelho telefônico lhe parecia mais sexy, lembrava-lhe o dia em que transaram pelo telefone. Jace ficou subtamente excitado.

Ela era segura de si, forte e encarava as coisas de frente. Ela era única, e era tão sua...

Cuidaria para que continuasse sendo.
Jace ouviu com muita diversão Sebastian desculpar-se com Clary, podia ver no tom de voz dela que estava surpresa com a atitude do homem.
 

"Eu não tive a intenção de dizer aquilo, eu estava de cabeça quente". - dissera Sebastian. - Perdoe-me".
 

"Tudo bem Sebastian, deixemos isto para lá".

Alguns minutos depois viu a batida da porta e soube que Sebastian havia saído do escritório. Aguardou o homem andar até o estacionamento. Sebastian parecia feito de cera, quando olhou para ele.
 

"Muito bem Sebastian, fico feliz que tenha sido tão solicito e prestativo, você mostrou que é educado e vem de boa família".

Sebastian não respondeu ao sorriso do loiro.
 

"Vou deixar você em paz agora, mas antes, tenho algo a lhe dizer. Sei que está arrependido, como eu já havia lhe dito antes e sei também que você está esperando a menor oportunidade para tentar reaproximar-se de Clary de novo".
Tirando coragem sabe-se lá de onde, Sebastian ainda conseguiu encará-lo.
 

"E se for? Vai me ameaçar por ter medo de uma disputa justa?"

Jace riu alto.
 

"Medo?Você é engraçado Sebastian, realmente muito engraçado, mas sabe, não vou ameaçar você, faça o que quiser. Mas saiba de uma coisa, Clary é minha agora e eu realmente não pretendo deixá-la ir a lugar algum”.

Sem mais palavras, Jace virou-se e saiu do local.

Passaram o resto da semana sem se verem, mas marcaram de encontrar-se no sábado, iriam juntos a um clube.

Estariam comemorando um mês que saíam juntos, mas em seu íntimo Clary mais lamentava que comemorava.
Completar um mês significava que estava cada vez mais próximo de acabar.

Mesmo assim não queria mostrar sua fraqueza a Jace, não podia mostrar a ele que estava se apaixonando, ou seria tola e fraca diante dos olhos dele.

O sábado chegou e Jace foi muito pontual.

Estava no apartamento de Clary exatamente às 9:00 como haviam combinado.

Ele chegou e entrou sem bater, já haviam alcançado este nível de intimidade, ela mesma pediu que ele ficasse a vontade quando chegasse ao seu apartamento e lhe entregou a chave reserva.

Sabia que fazer isso tornava as coisas um pouco mais sérias, pelo menos para ela, mas estava tentando desesperadamente se apegar a algo que a fizesse acreditar que eles teriam algum tipo de futuro juntos.
Estava sentada em frente a penteadeira do quarto quando Jace entrou. Ele curvou o tronco longo e forte e apoiou a cabeça em seu ombro.
 

- Bom dia cachinhos ruivos.

Ela sorriu docemente e aspirou o perfume que emanava dele, fechando os olhos para apreciar melhor.

"Ah! Não feche os olhos meu amor, me abstem de olhá-los, e eles são tão lindos".

O coração de Clary disparou no mesmo momento em que ouviu as palavras "meu amor". Sabia que usou-as figurativamente, mas não pode evitar seu corpo de reagir, aos poucos abriu os olhos tentando não deixar que Jace os visse marejados.
 

"Lindos são os seus. Azuis com essa mancha castanha".

Jace se ergueu sorrindo e ela pode contemplá-lo. Estava de bermuda e camiseta regata, a camiseta favorecia o físico deixando seus ombros largos e braços fortes a mostra.
Clary ergueu-se e abraçou-o sentindo a rigidez da carne forte.
 

"Mudança de planos linda".

Ela ergueu os olhos curiosa.
 

"Como assim?"
 

"Bom, eu quis te fazer uma surpresa. Não vamos mais a um clube".

Ela ergueu uma sobrancelha.
 

"Devia ter me avisado Jace, eu preparei roupa de banho e...".