𝘢 𝘳𝘢𝘯𝘥𝘰𝘮 𝘭𝘰𝘷𝘦 - 𝘭𝘰𝘶𝘪𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘵𝘳𝘪𝘥𝘨𝘦 + 𝘺𝘰𝘶.

one

S/N POV

"querido diário, quando as coisas vão ficar mais fáceis?"

Fecho meu diário suspirando fundo, é, eu realmente tô na fase mais complicada da vida, tô tão fudida que tô tendo que desabafar com papel. Não é como se minha vida fosse um completo lixo, eu era feliz até minha vó ser diagnósticada com um câncer no pâncreas. Nós estávamos levando bem, na medida do possível é claro, até a quimioterapia dela aumentar e os remédios ficarem mais caros. É difícil dar conta disso tudo quando se tem apenas 17 anos e estuda. Eu preciso procurar um emprego, e rápido!

LOUIS POV

— Mamãe já é a terceira vez que você grita ao telefone. – Bufei.

— Eu sei filho, mas como vamos ficar sem empregada?? Daqui três dias eu tenho que ir pra Nova York com seu pai e nem posso porquê não temos ninguém pra cuidar da casa.

— Eu posso cuidar disso.

— Você é cuidadoso meu anjo, sei disso. Mas se deixarmos você sozinho em casa é capaz disso aqui virar um chiqueiro.

Gargalhei, ela não está exagerando.

— Olha relaxa, Londres é enorme, você vai achar alguém que aceite morar e dormir aqui. – Peguei uma maçã e coloquei minha mochila nas costas. — Bom mãezinha, tenho que ir. – Dei um beijo no rosto da minha mãe e peguei o carro pra ir pra escola.

***

— Gente, semana que vem é dezoitão do cornooo. – Noah disse ansioso.

— Não me lembre disso, pelo amor de Deus. – Eu falei abaixando a cabeça na mesa do refeitório, esse assunto me cansa só de pensar.

— Ai Lou, qual é? É seu aniversário, não sei porquê você o odeia tanto. – Disse Millie, minha melhor amiga.

— Eu não o odeio, só não gosto. Parece que ano após ano fica mais monótono, milhares de pessoas amontoadas num salão de festas, meu pai me dando carros que eu nem sei mais onde enfiar e minha mãe decidindo o discurso que eu tenho que dar pra manter a aparência de riquinho mimado que não tem problemas. Isso tudo é tão estúpido.

— Eu discordo totalmente, acho sim que seu aniversário deve ser comemorado com muita gente, muito champanhe e discursos. Mas entendo que você não goste de ser o centro das atenções. É compreensível. – Bobby Brown sorriu amigavelmente.

Eu apenas forcei um sorriso, não é como se a Millie fosse superficial, é só que ela vive num mundo cor de rosa do qual eu não quero participar.

NARRADORA ON

Você passou a segunda feira procurando um emprego, não sabia que arrumar um seria tão difícil assim, se arrumar um trabalho já é complicado imagine trabalhar em si. Obviamente o fato de você não ter um currículo completo não ajuda no processo, mas o que pode fazer? Você nem terminou o ensino médio ainda.

Depois de muito procurar, você decide ir para casa, já passou o dia inteiro longe dela, sua avó deve estar precisando de você. Já cansada e sem esperanças, você fita uma casa grande, luxuosa, e uma mulher muito elegante saindo desta casa na base dos gritos, ela parece estressada. Você apenas ignora, isso não é da sua conta, mas enquanto você passa a mulher acaba deixando a bolsa cair no chão, derrubando batom, celular e tudo o que tinha dentro. Lógico que você foi ajudar, pegou os pertences colocando de volta e entregando para ela.

— Aqui senhora.

— Ó, obrigada querida. Eu ando estressada nos últimos dias. E desastrada. – A moça riu.

— Acho que percebi. – Você soltou tentando não parecer rude.

— Pois é... A empregada aqui de casa teve que se despedir para morar no interior, o que tecnicamente não é um problema já que temos outros empregados, o problema é que nenhum deles podem morar aqui. E precisamos de empregados 24 horas por dia porquê sempre temos uma emergência de trabalho e não podemos deixar nosso filho Louis sozinho.

— Querida, vamos! – O possível marido dela estava a chamando.

Você se segurou para não revirar os olhos com tudo o que a mulher disse, enfim, ricos e seus "problemas".

— Bem, acho que você deve ir. Boa sorte em achar uma nova empregada. – Você sorriu saindo andando.

Espera aí...

— Espera! – Você gritou para que a moça ouvisse e foi correndo até ela. — Vocês contratam menor de idade?

Continua...