O FRIO DE UM SERIAL KILLER

288 122 973
                                    

O primeiro erro cometido naquela noite foi ter esquecido as chaves da mansão em cima da cama

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


O primeiro erro cometido naquela noite foi ter esquecido as chaves da mansão em cima da cama. Sr. e Sra. Reynolds dormindo, o frio congelante do inverno de Reedson e um serial killer à solta, nada mais de ruim poderia acontecer na vida de Belinda.

Suspirou vendo que teria de escalar uma enorme árvore para poder chegar à varanda do quarto; por sorte, tinha mania de deixá-la aberta. Colocou o primeiro pé no tronco, pé após outro pé, parece até fácil pensar assim, mas, ao escutar o galho onde estava pisando cair, rezou mentalmente para não levar uma queda. Mais alguns metros e estaria no seu aconchego. Continuou o processo, estirou o braço e inclinou para alcançar a grade, porém sua mão não conseguiu, a fazendo cair entre os galhos e bater as costas violentamente no chão do gramado. Queria poder gritar de dor, mas iria acordar os seus pais e preferia mil vezes reprimir toda aquela dor que estava sentindo e tentar novamente entrar.

Subiu com mais cuidado dessa vez e finalmente conseguiu entrar no quarto, trancando a porta da varanda. Deitou-se na cama para não fazer tanto barulho e acordar seus pais, ou então teria que dar uma explicação bem mais convincente do que a que deu ao xerife.

No dia seguinte, começariam uma nova investigação, tudo precisava ocorrer bem, uma noite boa de sono era a coisa que mais necessitava no momento.

As dores em seu corpo eram imensas, sentia que uma costela havia sido fraturada, porém sabia que o modo como caiu não era capaz de causar isso, além de ser uma altura nem tão grande.

— Bom dia, querida, está sem fome? — O olhar atencioso de sua mãe a fez sair do transe que se encontrava.

— Apenas pensando demais, acabei esquecendo do café. — Sorriu amarelo.

— Sei que anda preocupada com os assassinatos da cidade, mas deveria prestar atenção apenas nos estudos. — Acariciou os seus longos cabelos loiros. A garota confirmou com a cabeça, sabia que sua mãe nunca a entenderia, não podia negar a emoção que sentia quando investigava algo.

— Seu pai e eu vamos ter que viajar, parece que o governador não poderá comparecer neste final de semana, mas seu pai precisa tratar de assuntos urgentes com ele — disse, fazendo Belinda aprovar a ideia, por mais que não esboçasse reação, ficou feliz por ter dois dias sozinha.

— Está tudo bem, estou acostumada — tentou soar sem nenhuma animação, com tristeza.

— Não fique assim, voltaremos em breve. — Beijou o rosto.

Belinda conseguiu mentir, estava se tornando ótima naquilo.

Emoções são algo indiferente para os psicopatas, não transparecem, nem ao menos sentem algo, os cientistas ainda não conseguem formular algo tão complexo sobre uma mente dessa, pois é muito enigmático. Mas o mais difícil neste caso é que ainda não encontraram nada relacionado com as vítimas, nem algo parecido, a não ser por serem todos jovens entre 17 a 25 anos.

Até o último Onde histórias criam vida. Descubra agora