A CIDADE

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O Halloween estava próximo e, com isso, as notícias de assassinatos ocorriam toda manhã no jornal de Unied Reed

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O Halloween estava próximo e, com isso, as notícias de assassinatos ocorriam toda manhã no jornal de Unied Reed.

"Jovem de dezessete anos é morta dentro de sua casa. Jocellyn Smith foi encontrada sem vida pelos  seus pais. Após o assassino remover os braços da vítima, que ainda continuava viva até o momento do esquartejamento, provocando uma dor indescritível à moça. O Doutor James Peterson, legista, aponta que o serial killer a matou dez minutos depois, tempo suficiente para o psicopata ver a garota agonizar de dor por ter seus membros superiores arrancados.

Belinda Reynolds suspirou ao ler aquela notícia, uma colega do colégio High Vientra. O governo não fez absolutamente nada a respeito dessas mortes que ocorreram durante este mês. A cidade de Reedson acostumou-se com tantos crimes cometidos perto dessa época, o que era inaceitável; foram mais de trinta casos confirmados apenas por um serial killer.

Era uma cidade pequena encontrada no sul do estado do Texas, tendo apenas setenta e nove mil habitantes. Não tinha muitos pontos turísticos, a não ser o lago de Wold e o parque repleto de pinheiros, que são árvores bastante comuns na região.

Parecia que os cidadãos bons da cidade se transformavam em animais, prontos para o abatedouro, sedentos pelo sangue; era assim que o Halloween os transformava.

— Deveria parar de ler essas coisas ou vai ficar mais paranoica que já está. — Elena Reynolds abaixou com força o jornal em suas mãos enquanto equilibrava o café.

— Gostaria de entender o porquê de eles não fazerem nada a respeito, existem pessoas morrendo — proferiu com raiva. Parecia que ninguém entendia a sua preocupação, estavam sendo tão egoístas, pensando apenas em seu próprio bem estar.

— Querida, como prefeito desta cidade, garanto que estamos investigando esses assassinatos, mas parece que este serial killer é bem mais esperto do que pensamos — fez uma breve pausa, depositando um beijo molhado em sua testa. — Agora, você e seus amigos deveriam parar de ir à noite para a biblioteca, é perigoso demais — pronunciou enquanto fazia a mesma se encurvar na cadeira.

— Anda saindo à noite? — indagou sua mãe, furiosa com a tão recente descoberta.

— Às vezes, mas sempre vamos à biblioteca para estudar. — O que era metade verdade, pois iam à biblioteca, mas não para estudar, e sim para investigar sobre os homicídios que estavam acontecendo.

— Não esqueça de avisar, quero saber se estará bem. São tempos perigosos estes que estamos vivendo — a voz de sua mãe voltou ao tom doce e agudo que tinha.

A garota apenas concordou. Queria poder realmente contar toda a verdade aos seus pais, porém eles a chamariam de louca e a proibiram de sair, e isso estava fora de cogitação.

Ao pisar com o pé direito no High Vientra, sentiu o clima fúnebre que se encontrava no local. Todos jovens estavam preocupados; mais uma adolescente morta e sem ao menos uma prova deixada para trás.

Até o último Onde histórias criam vida. Descubra agora