VERDADE SEJA DITA

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O homem suspirou quando viu o número desconhecido aparecer na sua tela

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O homem suspirou quando viu o número desconhecido aparecer na sua tela. Ele almejava se libertar daquilo, mas parecia estar tão longe de isso acontecer.

Olá! — sua voz soou grossa.

— Você fez o que foi pedido? — indagou a pessoa da outra linha, sem ao menos dizer um simples "oi".

— Estou no local agora. — sentiu um amargo na sua boca.

— Não se esqueça de deixar perto da árvore marcada. — Disse ríspido. — sua esposa está cada dia mais linda, nos encontramos na cafeteria Bloom esses dias e ela me abraçou calorosamente.

A pessoa do outro lado da linha deu sorriso breve, mas logo voltou a expressão neutra, odiava aquelas conversas, os seres humanos e suas emoções eram tão maçantes.

— Por favor, eu estou fazendo tudo que está pedindo, deixe-a em paz. — implorou o homem, sentindo as lágrimas escorrendo pela sua face. Ele estava desesperado, conviver com um assassino era algo que ele jamais imaginaria.

— Oh! Eu sei disso, mas é divertido ver o sofrimento de vocês. — desligou. O psicopata encarou a espelho a sua frente, e arrumou o smoking, estava na hora de mais uma caçada.

O homem olhou novamente em sua volta, a floresta estava totalmente escura, era possível ver apenas o que a lanterna alcançava, o som dos animais ecoavam por todo o canto, ele estava no meio, justamente onde o assassino em série lhe tinha informado. Se baixou deixando que o choro viesse à tona de vez, ele estava cansado de ser um capacho, mas o que poderia fazer? A polícia não era uma opção, não sabia quem poderia confiar lá dentro, até mesmo o xerife, sempre tinha algum infiltrado dele em qualquer lugar, sabia que estava sendo vigiado vinte quatro horas por dia, qualquer deslize ele o mataria e principalmente a sua esposa grávida.

Se recompôs, firmou seus pés no chão, caminhou até a árvore maior, depositou a caixa no chão, e correu para fora da floresta, ninguém poderia saber que ele estava ali. Agora faltava apenas uma parte do plano que aconteceria no outro dia.

E lá estava ele novamente de volta a floresta sombria, ele detestava essa cidade e gostaria de sair o mais rápido possível dali, mas não poderia e agora o único jeito era fingir, seu rosto estava sério e tentava ao máximo se concentrar em seu trabalho, havia estudado tantos anos e quando finalmente chegou no cargo que gostaria, ele o conheceu, seu pior pesadelo, pássaro.

— Parece que foi um alarme falso. — a Parker falou ao seu lado.

Eles estavam vistoriando o local, receberam a denúncia de um grupo de escoteiros que viram um corpo, o problema é que não tinha nenhum ali.

— Vamos nos separar, e caso vejamos algo, chamamos reforços. — disse sua parceria de trabalho.

Dustin estava tão aéreo que apenas concordou com a cabeça, do que adiantava ele encontrar o corpo? Quando justo ele, policial, estava trabalhando para o assassino.

Até o último Onde histórias criam vida. Descubra agora