6• Um aviso

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Eu ando contado até dez por algo que você disse
Eu ando segurado as lágrimas
Enquanto você bebe cervejas, eu estou sozinha na cama
Então me diga para ir
Vou empacotar minhas malas, pegar a estrada

Encontre alguém que ame você
Melhor do que eu, querido, eu sei
Porque você me lembra todo dia
Que não sou suficiente, mas eu ainda fico

Se quer que eu vá
Então me diga para ir e, querido, eu irei.

July_ de Noah Cyrus

Acordei com o barulho do meu despertador

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Acordei com o barulho do meu despertador. Minha primeira reação foi, tolamente, procurar Jeyce ao meu lado, minhas mãos deslizaram pelo colchão em busca do seu corpo quente ali, mas ele não estava lá.

Uma sensação de impotência me atingiu e suspirando fundo, levei isso pra longe. Abri meus olhos e olhei as horas, me arrastando até o banheiro tomei um banho. Vesti uma roupa e antes de sair do quarto, encontrei os sapatos de Jeyce no pé da cama, sua camisa jogada no chão denúnciava que ele ainda estava por aqui.

Ou melhor, denúnciava que Jeyce não foi embora como prometera. Ele ficou e dormiu comigo e como criança deixei que uma euforia tomasse meu estômago.

Caminhei pela casa nas pontas dos pés, o que era ridículo. Ele não estava na sala e nem no quarto de Cely que se encontrava no banheiro. Caminhei até a cozinha e lá estava ele, tomando café enquanto fritava ovos em uma frigideira;

Seus olhos me encontraram e ele sorriu sínico.

— Me vigiando? — seu sorriso era bonito e provocativo, seu olhar revezava me olhar e vigiar os ovos.

— O que você faz aqui? — ignorei sua provocação e caminhei para mais perto, o café da manhã possuía um cheiro muito agradável. Meus olhos desceram pelo seu peito nu avaliando a barriga sarada que lhe pertencia. Ele se virou de costas e pareceu não perceber o meu olhar invasivo.

Mas assim que mirei a pele de suas costas soltei:

— Quem fez isso com você? — os arranhões não eram graves, mas feios, ficaria um bom tempo gravado em sua pele. Jeyce soltou uma risadinha enquando mexia os ovos, seus olhos não vacilaram para mim e ele nem ao menos me respondeu.

— Isso foi feito por alguma garota noites atrás! — Cely falou, entrando na cozinha. — Diria que Verônica Bertoni?

— É. — Jeyce falou. Meus olhos um pouco frustrados deslizaram uma última vez por suas costas, entendi o que os dois queriam dizer sobre Verônica e sei o que ela e Jeyce fizeram para resultar em arranhões  tão marcantes, eu conhecia Verônica, era bonita.

Quer dizer, muito bonita. E popular. Cabelos castanhos e olhos de gato, era estonteante, mas sem muito conteúdo. Às vezes eu precisava desse choque de realidade para entender que Jeyce não queria nada comigo, amor próprio, eu precisava dessa injeção.

Jeyce Me BeijouOnde histórias criam vida. Descubra agora