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Jeyce Willow brincava com o perigo.
Ele se achava o diabo, e de fato era.
E não importa o quão malvado ele fosse, as pessoas o veneravam.
Menos Seline, ela odiava Jeyce Willow. E, para seu azar, Jeyce a adorava.
A vida de Seline Monteiro desmor...
Então, onde você vai eu sigo Não consigo me lembrar de te esquecer Eu continuo esquecendo que eu deveria deixar você ir Mas quando você olha para mim, a única memória, é a gente se beijando ao luar
Shakira e Rihanna, can'tremember to forget you.
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Aquele beijo deixou marcas.
E elas me deixaram acordada durante à noite.
Me fizeram lembrar dos suspiros dele contra o meu pescoço, dos arrepios em minha pele e principalmente, dos seus olhos cheios de indiferença indo embora da minha casa.
Indiferença, Jeyce tomava ela no café da manhã pra ignorar todas as garotas que acabara de beijar. Por que seria diferente comigo?
Por que não ser diferente? Por que eu ainda queria defendê-lo? Dizer que sim, ele é um idiota, mas todos erram e ficaria tudo bem no final! Eu queria acreditar naquilo, mas quanto mais Jeyce se aproximava, mais estragos ele fazia.
Só que, corações gritam dentro do peito. E o meu gritava por ele.
Dessa vez, eu decidi que daria uma chance ao meu cérebro, finalmente tive a certeza de que faria o que havia prometido a ele um dia atrás, quando o vi com Verônica Bertoni na faculdade. Eu o esqueceria.
— Ressaca? — perguntei a Cely assim que cheguei na cozinha. Ela comia um sanduíche tranquilamente, o humor alegre de ontem já não estava mais lá.
— Acho que não, estou bem agora. — comentou. — O que aconteceu ontem?
— Você sumiu e me deixou preocupada. Jeyce apareceu e saímos atrás de você. Te encontramos horas depois em um bar cheio de…
— Motoqueiros. — completou. — Desculpe por isso, Seline.
— Devia me dizer por que anda faltando as aulas também. O diretor conversou comigo!
Seus olhos pairaram em mim. Estavam cansados e melancólicos. Minhas mãos foram de encontro ao seu rosto secando uma lágrima que descia, meu coração parecia aos pedaços com aquela cena.
— Eu estou com você, Cely. Para o que precisar! Você sabe disso.
— Não quero preocupar você com meus problemas.
— Mas… eu quero ajudar. — suspirou, Cely segurou minhas mãos entre as suas acariciando minha pele, eu ainda continuava de pé fazendo ela levantar a cabeça para me olhar melhor. Seus olhos se prenderam em mim, e triste começou a falar:
— Eu tenho um conselho pra você. — de sombrancelhas arqueadas, olhei para ela surpresa com sua declaração. No final era eu quem precisava de conselhos? — Na verdade, preciso te contar uma coisa.
