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Milena

Vou ao shopping fazer compras de última hora. O jantar será amanhã.

- Esperem aqui - digo aos homens do meu pai que me seguem.

- Nossa ordem é seguir para todo lugar - um deles rebate.

- Eu estou entrando em uma loja de roupas - digo - Eu quero distância... isso é a minha ordem.

- Seu pai... - um deles começa.

- Acredite, não vai querer que eu fique com raiva - ameaço.

Não espero uma resposta, entro na loja sem olhar para trás.

Ando diretamente até a sessão de roupas masculinas, Fred fez o favor de esquecer de comprar uma roupa para o jantar de noivado, e acabou sobrando para mim.

Se ele não estivesse tão ocupado eu diria não, mas é importante que tudo saia perfeito.

Olho as roupas nos manequins e não gosto de nenhuma, procuro blusas sociais em tons escuros, cinza, azul, preto, cores que combinam com ele.

- Bem... se não é  a vadia que eu queria encontrar - diz uma voz atrás de mim.

Me viro rapidamente, e dou de cara com Túlio Cavan, irmão mais novo do meu ex, ele está bem próximo a mim, quase me tocando.

Procuro ao redor dos meus seguranças, mas lembro que os mandei ficar longe.

- Ninguém vira te ajudar - ele diz e sorri.

- Eu não preciso de ninguém para lidar com vermes como você - digo me aproximando ainda mais dele.

Aproveito essa aproximação e pego minha arma da bolsa rapidamente, antes que ele possa reagir, a coloco em seu abdômen.

- Eu duvido que...

Destravo a arma.

- Se você completar essa frase... Eu mato você aqui e agora.

Ele praticamente rosna na minha cara.

- Eu jurei que se eu visse a vadia responsável pela morte do meu irmão eu a mataria.

- Você quer visitar seu irmão? - pergunto - Eu posso providenciar isso.

Sorrio para ele.

- Eu ainda vou acabar com você - ele me ameaça.

- Eu vou adorar ver você tentar.

Nos encaramos por longos segundos, Eu não ligo se alguém me ver armada, não vou deixar esse idiota achar que eu sou fraca.

- Algum problema aqui? - perguntam.

Não me viro para ver quem é.

- Nada - diz Túlio e se afasta de mim.

Eu o assisto sair da loja, até me virar para ver quem é.

Para minha surpresa é o colega de Isabela, doutor Antônio acredito que seja seu nome.

Ele vê a arma em minha mão, mas não parece assustado.

A travo e coloco em minha bolsa novamente.

- Você está bem?

- Eu preciso de um café - digo em vez disso - Você me acompanha?

Ele acena, mas não comentada nada da cena estranha que ele acabou de testemunhar.

Nos sentamos na praça de alimentação, meus seguranças estão em uma mesa distante, mas eu ainda os vejo.

Eu pedi um expresso, assim como o médico a minha frente.

Eu e EleOnde histórias criam vida. Descubra agora