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Isabela

- Como está Carolina? - pergunto ao meu pai quando chego em casa depois do trabalho.

Me sento no sofá ao seu lado.

- Está bem - ele me assegura - O susto foi o pior, ela ficou abalada.

- Sinto muito.

- Não é sua culpa.

- É sim - insisto - Eu era o alvo, eles não vão parar até achar esse estúpido cartão de memória, e por alguma razão acham que está comigo.

- Agente A não disse nada mesmo a você?

- Não - minto.

Meu pai acena convencido.

- Vou pedir uma escolta para você...

- Pai - reclamo - Isso não é necessário.

Ele me encara seriamente.

- Sua vida corre perigo, eu preciso pensar na sua segurança.

- Mas...

- As coisas estão tensas, Isabela - ele admite - Mesmo não tendo participado desse caso eu percebo como todos estão desesperados para pegar a lista que está nesse cartão de memória, não são apenas os criminosos que querem isso, agentes corruptos estão envolvidos.

- Eu vou ter cuidado - prometo.

Meu pai me puxa para um abraço.

- Se você se ferir...

- Eu não vou - o asseguro - Eu vou ficar bem.

***

Marquei com Milena em uma praça pública.

Nos sentamos em um banco cada, uma atrás da outra.

- Você deve ter cuidado - diz Milena depois que expliquei que Carolina foi machucada.

- Eu sei - sussurro - Preciso dizer mais coisas.

- O quê?

- Antes de morrer... Adam me entregou um livro - digo - Acredito que pode ser onde ele escondeu o cartão de memória ou tem alguma pista de onde esteja.

- Isso é importante - ela diz - Podemos conferir a lista e saber em quem confiar.

- Sim - concordo - Você acha que consegue entrar na casa do meu pai despercebida?

- Eu posso mudar minha peruca - ela brinca.

Hoje ela está ruiva.

- Me encontre na porta da minha casa hoje á noite - sussurro - E descobriremos se o livro é importante ou não.

- Tudo bem - ela confirma e vai embora.

Suspiro e observo as pessoas andando pela praça, algumas crianças brincam. A vida continua.

***

Eu e EleOnde histórias criam vida. Descubra agora