Capítulo Um

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Às oito em ponto, Audrey e Morgan estavam no endereço, ambas estavam preparadas para qualquer problema que viesse ter. As duas não sabem quem as contatou e o porquê, a curiosidade as levou para o galpão próximo a um porto de areia.

— Fique no carro. Vou conferir primeiro. — disse Audrey retirando a chave da ignição. Ignorou completamente os protestos da mais nova, visto que a mesma tentaria sair, Audrey travou as portas. Mesmo que Audrey soubesse que Morgan poderia se cuidar muito bem sozinha, ela não arriscaria, sempre a protegeria, sempre iria na frente para impedir seja qual for o problema que viesse atrás.

O galpão fedia a poeira e água parada, uma luz tremeluzia sobre um pedaço de fio mal encapado, Audrey retirou sua beretta 92fs 9mm do cós da calça e a destravou. Um homem estava sentado com as mãos apoiadas em uma pequena mesa, seu terno indicava que era um homem de negócios. Audrey se perguntava. Que tipo de negócios esse homem careca exercia?

— Onde está a outra? — perguntou o homem franzindo o cenho ao ver apenas Audrey.

— Ela tem nome. Tenha mais respeito, afinal, você nos contratou, certo?— retrucou Audrey de forma fria e debochada.

— Claro. É seguro para que ela esteja presente. Afinal, minha proposta é para as duas. — exclamou o careca dando de ombros. Audrey voltou para buscar Morgan.

— Não faça mais isso. Não sou uma criança para esperar no carro.

— Vamos.

Audrey não iria discutir com sua amiga agora, afinal, as duas tem coisas mais importantes do que uma discussão inútil.

— Ela está aqui. Começa a falar, careca. — disse Audrey guardando a arma e retirando a carteira de cigarro.

— Peço desculpas por ela. — falou Morgan cumprimentando o homem como se fossem velhos amigos.

— Sem problemas. Podemos começar?

— Sim. Podemos.

O homem a frente delas fez um gesto para que se sentassem, Morgan assentiu em concordância, mas Audrey permaneceu em pé atrás de sua amiga, sempre pronta para qualquer coisa. Audrey não confiava em ninguém que não seja sua melhor amiga.

— Meu nome é Raphael. Sou delegado e redijo o departamento Philadelphia Police Department. Estou aqui para pedir ajuda e creio que vocês duas possam ajudar.

Audrey sorriu com escárnio, o cigarro entre os dedos já estava pela metade, o cheiro de menta dava lugar ao cheiro de poeira.

— Qual é?! A polícia não consegue pegar sete garotinhos? Isso é vergonhoso.

Morgan cutucou a amiga demonstrando sua reprovação, Audrey apenas sorriu voltando a fumar.

— Prossiga — pediu Morgan lançando um olhar para Audrey, que pedia para que calasse a boca e deixasse ela cuidar de tudo.

— Esses garotos estão na lista da Interpol, tentamos de tudo para rastreá-los para por fim prendê-los. Porém, eles sempre escapam.

O homem então espalhou fichas. Audrey pegou um para olhar e Morgan fez o mesmo. Os homens são bandidos excelentes, na visão de Audrey, pois na de Morgan era um pensamento de preocupação. Pois esses homens têm habilidades eficientes. Audrey sorriu, colocando as fichas de volta na mesa.

— Por isso não conseguem pegá-los. São hackers eficientes. Sabem cada passo de vocês, onde moram, conhecem tudo. É como se fossem o olho de Deus. — argumentou Audrey. Dessa vez Morgan concordou com a amiga, e pensou que com certeza será difícil para elas exercerem tal trabalho.

Mulheres com M de MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora