feliz aniversário, any gabrielly.

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dezoito

anygabrielly

Ah, mais um aniversário! Meus aniversários são tão monótonos, sempre a mesma coisa, bolo da tia, Sabina comprando bebida e nós virando a noite.

-Oi Any. -Hina entrou sorrindo. -Feliz aniversário.

Assim como eu, ela sofreu horrores quando o Beauchamp se foi mas foi bem mais que eu.

-Obrigada. -sorri de volta. -O que você tem aí? 

-Ah, isso? -ela levantou uma caixinha de anel. -Isso não é nada.

-Não mesmo. -ela fez um bico risonho e me entregou. -Muito pequeno, achei que ganharia um carro.

-Abre logo, eu tive que assaltar a loja da Pandora. -arregalei os olhos. -Eu só peguei emprestado, Any.

-E tá emprestando pra mim? -desfiz o laço e vi o anel "sonho de princesa". -Isso é tão lindo. Obrigada, Hina.

-De nada. -me abraçou mas fomos interrompidas com uma batida na porta.

-Meu amor, posso entrar? -ouvi Pedro do outro lado da porta.

-Essa é minha deixa. -Hina sorriu de canto.

Por mais que ela e Pepe não gostem dele, eles mantêm o respeito. Eles sabem que quem me ajudou a superar o Beauchamp foi ele.

Pedro não sabe do nosso segredo, mantemos isso guardado a sete chaves para não acontecer como aconteceu com Fernanda.

-Entra. -falei e Hina se levantou.

-Ah, não sabia que estava aqui, Hina. -ele apertou a mão dela.

-Já estava de saída. -ela sorriu pra mim. -Nour está chegando. -piscou.

Nour Ardakani, filha do chefe de Pedro.

-Eu trouxe uma coisa pra você. -me estendeu a sacola. -Vi como você ficou namorando esse vestido na loja.

-Mentira. -desfiz o embrulho e tirei a peça de lá. Dei um gritinho e me levantei ficando na fentre do espelho. -Obrigada, vou usá-lo agora. -ele sorriu. -Espero que tenha comprado do tamanho certo. -se levantou vindo até mim e repousando suas mãos em minha cintura.

-Claro que é do tamanho certo. -beijou meu ombro. -Conheço seu corpo como a palma da minha mão. -dito isso, ele me virou e me beijou.

Se não fosse meu aniversário e tivesse pessoas no andar de baixo, com certeza não teria sido só um beijo.

-Uh, cheguei em má hora. -Bailey falou com falsa indignação. -Any, o povo está chegando.

-Tá Bay, já vou trocar minha roupa.

-Com ele aqui?

-É, ou você acha que eu sou virgem? -ele arregalou os olhos.

-Extremamente desnecessária, Gabrielly. -sorri e pisquei. -E Pedro, ham, vem.. quero te mostrar uma coisa.

-Tá bom. -me deu um selinho e saiu.

Terminei de arrumar meus cachos, fiz uma maquiagem leve porque conhecendo meus amigos isso acabará tarde.

Vou até a janela para olhar a lua e sinto ser observada, olho pra baixo mas só vejo o vulto desaparecendo.

-Você sentiu, não é? -Pepe pergunta me assustando.

-Seu idiota, o que faz aqui? -falei botando a mão no peito.

-Vim te dar seu presente antes que ficasse à mercê do álcool. -me entregou um saquinho

-E se eu estivesse pelada?

-Seria uma bela visão. -taquei a almofada nele e ri. -Eu sei que você não estava porque... -me incentivou a completar a frase.

-Você pode prever meus movimentos. -ri fraco e abri a sacola. -Como conseguiu? -falei vendo as sete caixas com 30 pacotes de bis..

-Sabina me obrigou a ir ao Brasil. -suspirou. -Cansei.

-Não fez mais que a sua obrigação. -ri e me levantei. -Agora vamos descer.

-Gabrielly, uau. -Nour segurou minha mão me fazendo dar uma voltinha. -Certeza que não quer terminar com o Pedro?

-Ela tem certeza sim. -Pedro apareceu rindo.

Durante a festa nós bebemos, comemos, rimos, jogamos "eu nunca", faltou a Sabina se comer com Pepe no sofá e eu só lembro de apagar no sofá.

-Gabrielly, acorda! -Shivani batia insistentemente na minha porta.

Mas eu já tinha acordado, estava no banho, assim que saí e me vesti me joguei na cama tateei a mesma em busca do meu celular mas achei um papel.

"Feliz aniversário, Any Gabrielly. -JKCB."

-Shivani, que brincadeira de mal gosto é essa? -mostrei o papel e saí andando. -Quem foi o engraçadinho que deixou isso aqui no meu quarto?

-Any.. -Bailey segurou meu braço. -Não foi a gente.

-Então foi ele? Que veio aqui no meio da noite e deixou na minha cama?

-Não, ele veio hoje de manhã. -Krystian falou.

-Anh?

-Sabina que deixou ele subir. -Pepe adiantou.

Olhei pela e Hina estava sentada no canto do sofá abraçada em suas pernas.

-Sabina?

-Eu? -sonsa.

-Porque?

-Você sabe o porque, Any. -suspirou e saiu andando.

-Então é assim? -perguntei. -Ele volta depois de ir embora sem nenhuma explicação, sem nenhuma por três fodidos anos e nós o recebemos de braços abertos? -ninguém me respondeu. -Hina?

-Any, eu não sei ele é meu irmão eu não posso dar às costas pra ele e... -falou com a voz embargada.

-Seu irmão? Você não pode dar às costas pra ele? O QUE ELE FEZ? O QUE ELE FEZ COM VOCÊ?

-Any, por favor. -Sina pediu.

-O que virou isso aqui? Chernobyl? Vocês estragaram a semana do niver, obrigada. -saí batendo a porta.

Fui andando xingando os sete ventos por ter um sono pesado.

-Filho da puta, não desculpa senhora Beauchamp, desgraçado.. -suspirei fundo e um galho se quebrou atrás de mim.

-Bom saber que seu arsenal de xingamentos é bem extenso. -ouvi aquela voz. -Oi Any. -me virei lentamente tentando regular a respiração.

Vê-lo tão próximo de mim, poder sentir seu cheiro, ver seu rosto.

Vestido como sempre calça e blusa de manga preta, a barba por fazer e os cachos se fazendo presentes em seu cabelo loiro.

-Josh.

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