19

2.9K 221 77
                                    

- Parecia que tudo ia correr bem depois do que tínhamos acabado de fazer, arrisco em dizer que fiquei ate um pouco "boba", o jeito que ele me beijava, me olhava.

- Mas não demorou muito pra vir o choque de realidade.

- A gente nem terminou direito e ele ja levantou, se vestiu e ja ia saindo.

- Aonde você vai? Pergunto me sentando na cama.

- Eu vou pra boate, tenho muito o que fazer la, mas pode ficar a vontade, assista alguma coisa na Tv ou vai caminhar, sabe, conhecer a casa, o ambiente ou pode ir na cozinha se tiver com fome ou peça pra Eva te preparar algo.

- Você não vai me levar de volta?

- Daqui a pouco eu volto, ia ser uma viagem perdida te levar de volta sendo que eu ainda vou precisar de você aqui. - Diz Bill vestindo seu blazer.

- O que eu vou ficar fazendo aqui sozinha?

- Essa casa é enorme você pode fazer o que quiser, quando eu voltar a gente faz alguma coisa. - Ele me da uma piscada e sai em seguida.

- Me visto e decido dar uma olhada na casa, o Bill me mostrou tudo tão rapido que nem deu pra ver direito.

- Maioria dos quarto eram praticamente iguais, deveria ser quarto de hóspedes.

- No fim do corredor tinha um quarto com a porta um pouco maior, fui tentar abrir mas estava trancada.

- Posso ajudar? - Eva aparece do nada o que me causa uma baita susto.

- Oi Eva, você me assustou.

- Melhor não entrar no quarto do Bill, ele odeia que entrem nesse quarto a não ser que tenha a permissão dele.

- Pensei que aquele quarto era o quarto dele. - Aponto pro quarto que nos dois estavamos antes.

- Aquele é o quarto... como eu vou falar isso...? O quarto onde leva as "conquistas" dele, se é que me entende.

- Fico quieta e não respondo nada.

- Vem comigo, eu vou te preparar algo pra comer. - acompanho Eva e começamos a conversar enquanto ela cozinha.

- Porque o quarto do Bill é o unico que esta trancado? Ele é tão reservado assim quanto a esse quarto?

- É como eu te falei, você pode entrar no quarto contanto que tenha permissão dele. Ele odeia que mexam e vasculhem as coisas dele, é muito perfeccionista e sempre percebe quando alguem mexe ou tira algo do lugar.

- Nossa ele não tem jeito de ser assim.

- Você conhece o Bill a muito pouco tempo, nem imagina como ele é, o que ele ja passou.

- Ele não tem familia? Tipo pai, mãe, irmãos?

- A mãe dele morreu no parto, o pai dele morreu quando ele ainda era um adolescente e ele não quis assumir os negocios da familia então deixou para o seu irmão, Alexander. Mas eles não se dão muito bem então fica cada um no seu canto.

- Nossa, eu não sabia desse lance dos pais dele.

- O Bill raramente fala sobre esse assunto e aconselho a não comentar nada com ele sobre o que eu te falei, se não pode acabar sobrando tanto pra você quanto pra mim.

- Não se preocupe eu não vou falar nada, ainda mais sabendo o temperamento dele.

- Melhor assim.

- Ele te falou quando pretende me levar de volta?

- Porque ele me falaria isso?

- Ele não me disse quando ia me levar de volta e como você cuida da casa, achei que podia ter comentado com vc.

- Ele não comentou nada, quando voltar você pergunta.

- Não respondo nd, apenas concordo com a cabeça.

- Eva me entrega um lanche e um copo de suco e em seguida se retira me deixando sozinha.

- Bill passou o resto da tarde fora e o pior é que eu estava sem celular, não vi a Eva e fiquei basicamente isolada, sem ver nem falar com ninguém.

- Fico cansada de ficar sozinha na casa então resolvo sair e pedir para algum dos homens que estavam ali me levar de volta pra casa, tanto porque eu não sabia como voltar.

- Mas é so eu colocar o pé pra fora que eles ja vem pra cima perguntando aonde eu vou.

- Aonde você pensa que vai? - Pergunta um dos homens se colocando na minha frente.

- Eu quero ir pra minha casa, ja esta ficando tarde e eu tenho que buscar o meu irmão.

- Entre pra dentro que eu vou entrar em contato com Bill. - Ele me pega pelo braço e praticamente me empurra pra dentro da casa.

- Observo pelo vidro que ficava do lado da porta e vejo ele pegando o celular e falando com alguem, provavelmente Bill.

- Em menos de 20 minutos ele resolve aparecer.

- Finalmente, será que da pra me levar pra casa?

- Você não vai a lugar nenhum. - Ele me responde e acende um cigarro logo em seguida.

- Mas e meu irmão? Eu falei pra minha vizinha que ia pegar ele até as 21:00.

- Seu irmão vai ficar bem, não se preocupe.

- Como eu não vou me preocupar? Eu tô sem meu celular, não vejo meu irmão desde de manhã e ainda fiquei enfornada dentro dessa casa sozinha.

- Escuta, seu irmão esta bem, se quiser eu ligo e vc fala com ele por telefone.

- Como assim? Vc não vai me levar de volta pra casa?

- Eu vou te levar de volta mas não agora. Enquanto eu precisar você não sai daqui.

- Você ta de brincadeira? Você vai basicamente me deixar presa, isso é cárcere privado sabia? E é crime.

- Não é crime se você está de acordo.

- Mas eu não estou de acordo.

- Não é o que diz no contrato que você assinou. - Responde ele se aproximando.

- Você não vai ficar o resto da vida aqui, logo você vai poder voltar. - Ele começa a me beijar na bochecha e vai descendo ate o meu pescoço, mas eu estava tão puta que isso so me deu mais raiva.

- Quer ir pro quarto? Ele pergunta ainda me beijando.

- Quer que eu responda com sinceridade ou o que você quer ouvir? - Ele para e me encara.

- Sobe agora. - Ele fecha o olho, da um suspiro, aponta pra cima e manda eu subir.

- Trato de subir logo antes que ele tenha algum ataque e desconte em mim.

My Worst NightmareOnde histórias criam vida. Descubra agora