Verde é a cor mais quente (Wenjoy)

1. Posso ir além

– Senhorita Son, tem certeza de que quer fazer isso? – O homem com o contrato na mão questiona.

O Sr. Lee possui um consultório odontológico para qual Wendy trabalha. A parceria dos dois começou antes mesmo da mulher concluir o curso superior, foi ele quem estendeu a mão no momento que Wendy precisava. Atualmente a parceria estava dando um bom lucro para ambos, mas a jovem quer dar um fim na parceria.

– Absoluta. Eu preciso sair da zona de conforto para conseguir algo melhor. – As palavras firmes são suavizadas com o sorriso que Wendy exibia.

Ela tinha plena noção que teria que cortar muitos gastos para conseguir manter um consultório sozinha na capital, Seoul. Como, por exemplo, deixar de pedir comida em restaurante, ter o melhor e mais novo carro do ano e morar sozinha. Porém isso não intimidou Wendy, se ela quer, ela consegue por mais difícil que seja.

– Boa sorte, querida. – O homem deseja antes de pousar os papéis na mesa.

Com uma rapidez impressionante Wendy rubrica em todas as páginas e assina na última. Lógico que ela havia lido e relido aquele contrato nos últimos dias. Um novo recomeço é tudo que ela precisa no estágio da vida em que está.

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Seulgi: Posso falar com você

antes de você ir?

Wendy: Claro. Chego em breve

no meu apartamento.

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O apartamento de Wendy estava quase completamente vazio pois ela vendeu tudo que pode. Algumas malas preenchem espaço no que era a sala. Naquela tarde Wendy vai desocupar o apartamento e viajar para Seoul. A campainha toca e a loira para de arrumar suas roupas para atender.

– Você vai mesmo ir embora? – Seulgi pergunta com os olhos brilhando por ter lágrimas contidas.

– Seul, não tem mais volta. Eu preciso fazer isso. – Wendy traz a morena para dentro do apartamento antes de fechar a porta.

– Não estava tudo bem?! A gente não se amava?! – A menor respira fundo antes de responder, ela odeia ver Seulgi chorando.

– Eu te amo. Juro que te amo. – Wendy assegura. – Mas não dá para continuar.

– Você enjoou da gente? Seis anos foram o suficiente para você não me querer mais. – Seulgi fala com dor na voz. –  Eu queria viver o resto da minha vida com você, Wendy.

– Eu também quero! Podemos ser amigas, Seul, como antigamente.

– Simples amigas não vivem o que a gente viveu. Não se beijam, não namoram, não fazem planos para o futuro e muda de ideia de uma hora para a outra! – Seulgi ia se exaltando mais e mais.

– Já venho falando sobre isso faz tempo. Seulgi, parece que você não quer me ouvir.

– Porque eu não concordo com essa ideia maluca. Muito menos você arriscar tudo que conquistou até aqui com a chance de falir.

– Tenho em mente que deveríamos ter terminado há um tempo e não assim na pressa quando estou indo embora.

– Não vai, por favor. – Seulgi suplicou ao andar até a menor. Wendy vira o rosto quando os lábios da outra estão perto demais dos seus. – Eu vou sentir muito a sua falta.

– Seul, eu também vou. – A loira abraça Seulgi, pousando a cabeça em seu ombro. Wendy sente a maior chorando. – Mas a distância vai fazer bem para nós duas. Quando estamos de longe é mais fácil enxergar as coisas.