my children's nanny

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ᴀɴʏ ɢᴀʙʀɪᴇʟʟʏ 

Mal posso acreditar, eu, Any Gabrielly, morando na cidade grande.

Por toda minha vida eu morei no interior com meus pais, Pepe vinha nos visitar raramente e Shivani todo final de semana estava aqui.

Assim que chegamos, Sabina nos recebeu com seu sorriso carinhoso de sempre.

-Minha pequena! -me envolveu em seus braços. -Estou tão feliz que você vai morar pertinho de mim.

-Eu também, Bina! -falei a apertando e vi meu irmão parado com as mãos nos bolsos.

-Ah Sunflower, eu senti tanto a sua falta. -falou enquanto afagava meus cabelos. Pepe era relativamente mais alto que eu.

Sunflower e Tulip, era assim que ele chamava assim eu e Shiv.

Shivani estava parada com um sorriso no rosto e um cara sorria de canto.

-Ellyy!

-Shivv! -falamos ao mesmo tempo e nos abraçamos.

Não sei quanto tempo ficamos naquela bolha mas só nos soltamos quando o papai pigarreou.

-Não vai nos apresentar ao seu amigo. -papai falou e o cara engoliu em seco.

-Apresenta, Shivani. -Pepe riu.

-Ele não é meu amigo, é amigo do Pepe. -papai suspirou alividado. -Ele é meu namorado.

Meu pai trocou o peso dos pés e seus músculos se contraíram.

-Incrível. -mamãe falou apertando a mão do rapaz.

-Bailey May esses são John e Katie. -o cara de um passo à frente e apertou a mão de papai.

-É um prazer conhecê-los. -Sabina segurava o riso pelo nervosismo do amigo. -E você Any Gabrielly, é um prazer finalmente te conhecer. -se aproximou e me abraçou fortemente. -Shivani sempre fala de você.

-Coisas boas, eu espero. -Shiv entortou a boca. -Shivani!

-Só coisa boa, só coisa boa!

-Agora que as apresentações foram feitas, vamos comer a lasanha que eu mesma fiz. -Sabina sorriu e foi até a cozinha com Pepe.

Pepe voltou com um grande tabuleiro de lasanha e uma jarra com um líquido amarelo que eu julguei ser suco de maracujá.

-E então, Bailey, trabalha com o quê? -papai perguntou

-Eu sou pediatra. -os olho de meu pai brilharam.

Eles voltaram a conversar enquanto eu me empanturrava da lasanha da Sabina e do suco que era de maracujá.

-E você, Any, empolgada com a nova faculdade? -Bailey perguntou. -Quando começa?

-Começo na terça. -respondi baixinho. -Daqui dois dias.

Meus pais sempre me falaram que os adultos conversam eu fico quieta, e sempre foi assim. Eu não tinha muitos amigos no interior, só uma bibliotecária e o resto eram só pessoas que precisavam de mim para elevar a nota.

-Psicologia, né? -ele tentou puxar assunto novamente e eu assenti.

-Uma mulher de pouca palavras. -Sabina riu

-Nunca entendi a fissuração da Any por psicologia. -meu pai começou. -Sempre quis que os três fossem médicos mas.. -Pepe e Shivani reviraram os olhos, nunca que eu teria coragem de revirar os olhos pro papai.

-Com todo respeito sogrinho. -Sabi começou. -Mas Any nasceu pra ser psicóloga, lembro até hoje que em que o Pepe fez uma merda federal comigo e ela ficou horas conversando comigo. -piscou pra mim e eu lembrei do dia.

-Obrigada, Bina. -sorri.

-Mas e então, qual a novidade? -minha mãe perguntou

-Any, eu sinto muito. -Pepe começou e eu comecei a ficar nervosa. -Mas agora você não vai mais ser a bebê da família. -arregalei os olhos

-Mentira?! -Shiv perguntou sorrindo abertamente

-Bem que eu queria que fosse. -Pepe resmungou e tomou um tapa da esposa. -Se ela já é chata normalmente imagina com os hormônios.

-Meu deus, isso é incrível! -me levantei e os abracei quando nossos pais saíram de cima deles. -Essa criança eu cato pra criar.

-Crianças! -Sabina corrigiu

-Dois pirralhos? -Bailey fez um toque com o Pepe. -Mais três e você passa o Kyle.

Mesmo que Pepe tenha insistido, meus pais decidiram voltar pra casa.

Ajudei Sabina a lavar a louça, durante o processo Bailey recebeu uma ligação e teve que sair às pressas junto de Shiv.

-Onde ela foi? -perguntei pra Sabi

-O Jack passou um pouquinho mal e o Kyle ficou nervoso. -assenti e ela saiu.

-Ela não é uma criança. -ouvi Sabi murmurar.

-Any, a gente precisa conversar. -Pepe falou e Sabi revirou os olhos.

Nos sentamos no sofá e ele mordeu os lábios.

-Sunflower, você veio poucas vezes aqui, no máximo cinco quando era criança. -segurou minhas mãos. -E agora, você mudou e...

-Você está com corpo de mulher, Any. -Sabi o interrompeu. -E as coisas aqui são mais complexas do que lá.

-Eu sei. -sorri de canto.

-As pessoas são más intencionadas. -Pepe completou. -Homens inclusive.

-Verdade. -Sabina completou. -E Any, você é muito ingênua..

-Sempre tome as suas decisões, não deixe ninguém te manipular.

-Ok. -mordi o lábio apreensiva.

Shivani e Bailey me levaram pra casa e me ajudaram a arrumar as coisas.