Eu tinha voltado pra casa, eu estava cansada, eu não estava feliz, ou triste como de costume, era só eu, meu corpo, vagando pelas ruas, sabe se lá onde estava a minha mente, eu não sei.
Me lembro de chegar em casa em me jogar na cama, naquela época, eu ainda morava naquele cômodo minúsculo, eu gostava, era pequeno, mas era o bastante, tudo era o bastante pra mim. Eu acabei adormecendo mas, algo me acordou, era meu telefone. Eram 3 da manhã e alguém insistia em encher meu saco, eu apostaria tudo que era Stephanie, afinal ela era a única pessoa que me ligaria esse horário, provável que para falar de trabalho. Mas não, não era Stephanie, era ela, Giovanna.
Mas porque? Ela não se importava...Ela não tinha o porque de ligar...EU ERA APENAS A MOÇA BONITA BAR. eu me fiz acreditar nisso o dia todo, eu surtei, as coisas não batiam e eu andava de um lado á outro do minúsculo quadrado que eu chamava de quarto. Chamada perdida, nesse tempo, a ligação caiu e junto disso dei um suspiro. Eu havia me livrado de mil desculpas que eu deveria dar, desculpas horríveis, porque sou péssima mentindo, eu já disse não é?
Mas essa historia seria tão fraca se parasse por aí, se ela não tivesse me ligado novamente, se eu não tivesse atendido, se eu não fosse tão fracassada e não tivesse ido até aquele bar, as coisas não teriam sido desse jeito. Então atendi, e uma voz tão triste, e tremula dizia:-Oi? Lice?
- Oi Gio, ta tudo bem?
- Eu esperei você Alice
- O que?
- Você não foi, não foi me ver.
- Ah isso...-Eu fingi não lembrar, eu realmente não queria lembrar.- Me desculpe, eu acabei me atolando no trabalho, eu realmente não tive condições.
- Por que cê ta mentindo? Eu falei com a soso, eu não queria ligar, fiquei com medo de ter feito algo, eu não sei, foram apenas 5 dias, mas eu sinto um amor tão grande por você, sem málica alguma, claro... me passa teu endereço, eu to indo ai.
- o que?, calma Gio, a gente pode se falar amanhã, ta tarde, é perigoso não acha?
- perigoso é terminarmos o dia assim, e perdemos isso, somos tão boas juntas Lice, vai me passa o endereço.- ta... é-é, eu acho, eu mando por mensagem.
- ta, vai logo
Pois é, que merda foi essa? caro poeta da vida, eu não sei, onde caralhos eu estava me enfiando? porque eu não parei por ai? Como que ela começou a conversa tão triste e mudou em questão de minutos para uma pessoa tão autoritária? Eu já tinha tantos problemas, como poderia dar certo? já lhes adianto, deu, deu muito certo, até certo ponto deu, mas as coisas mudam né? as pessoas mudam eu acho.
Foram 30 minutos, sentada, esperando, olhando pra direção da porta da onde não vinha nem ao menos um ruído. Você chegou, talvez, num talvez bem distante, eu não quisesse que você tivesse chegado. Depois de subir cerca de 20 degraus, você bateu na minha porta, eu nunca corri tanto para abrir uma porta na minha vida, tu era importante.- Oi - eu ri fraco- entra ai, é pequeno mas sei lá, é isso ai...-Eu fui interrompida com um abraço, eu pensei que ela era maluca, eu não costumava abraçar as pessoas que conheci a menos de 1 semana, mas não recuei, gostei na verdade, foi bom, mas não deixava de ser estranho. Ela me soltou depois de 13 ou 14 segundos naquele abraço.
- Ta tudo bem? - eu disse, claramente expressando a duvida que aquilo que acabará de acontecer, e tudo anteriormente também, tinha sido pra mim.
- Tudo! você tem comida?- Ela disse indo até a parte do lugar que eu chamava de cozinha.
- é? tenho..?- eu não pensava em nada, eu tinha sido uma filha da puta, eu tinha vacilado, e agora ela tinha entrado na minha casa atrás de comida? eu queria ver até onde isso iria.
Segui, abri os armários atrás de macarrão instantâneo, eu me alimentava disso naquela época, só me restava a morte mesmo. Fiz dois pacotes, coloquei nos pratos, e a levei até o mini sofá que havia ali, sentamos. Eu tentei comer, eu comi até que algumas garfadas, mas o que não me descia mesmo, era o fato de estarmos ali, fingindo que nada aconteceu, eu não aguentava mais, aquilo estava me fazendo me sentir mais culpada do que eu já era. Pensando bem agora, talvez fosse isso que ela queria.
- puta merda - eu disse baixo, foi uma surpresa ela ter ouvido.
- O que foi Alicezinha?
- Giovanna? que merda ta acontecendo? porque isso? eu sei, eu fui filha da puta, eu posso ter sido a pior daqui, mas por que? não vamos falar disso?
- Ah, pra que? o abraço foi pra isso, caso tenhamos nos desconectado de alguma forma, o abraço nos conectou, não acha? algo te incomoda?
- eu não sei...eu não sabia o que esperar, e-eu realmente não sei...
- então tudo bem, você não teve culpa, você errou, eu surtei e to aqui agora, relaxa. - ela disse tão calmamente- o que foi? vai, come o miojo.
Eu não sei como ela fazia isso, isso de ser tão calma. Ela não era louca, ela só sabia lidar.
Gostaro? eu to tentando calma, eiii pessoal, esto implorando pra que vcs votem,é bom pra divulgação, para que mais leitoreszinhos possam ver isso aq também, por favooor, obg.
E lembrando, quem tiver alguma duvida sobre a história, sobre o rumo, ou sla, qualquer duvida, eu tenho insta: @curacancer.bro, manda dm, direct, sla comé que fala isso? ou melhor COMENTEM ai que a Lia vai ler e responder todos vcs, isso me motiva real...bejo da Lia bem mais ou menos hoje.
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Por nós,e somente o nós.
RomanceEssa é uma história triste com quase todos os momentos felizes.essa é a minha história,contada por outra pessoa,a pessoa mais arrependida e desesperada que possa existir dentro de mim. Lice é triste,dramatica,poeta. Giovanna,foi a pessoa mais...