Capítulo 26

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- Estás em casa, S/n.

Momo e Jihyo tinham acabado de me levar a casa. O Taehyung e a Mi-Joon tinham ficado na casa dos Namjin, a razão de não ter vindo com eles para casa.

- Querem entrar...? – perguntei.

- Ouve, a culpa não é tua. – disse Jihyo.

- Se quiserem vir, a porta está aberta. – disse, enquanto saia do carro.

Entrei no meu apartamento, com elas as duas atrás, entrando depois de mim.

- Querem alguma coisa? Para beber... ou comer? – perguntei, sentando-me no sofá.

Elas também se sentaram, cada uma a um lado.

- Precisas de descansar. – disse Jihyo.

- Não. – respondi – Não tenho sono.

- Houve... - chamou Momo – o Jimin só estava um pouco, como dizer, alterado.

- Por quê??? – perguntei.

- Isso já não sei. – respondeu Momo – Se calhar, ele tem algum trauma de infância, ou sei lá, qualquer cena assim.

- Mas... por quê?!! – voltei a perguntar.

- Se calhar se perguntares ao Jungkook. – sugeriu Jihyo.

Suspirei.

- Eles são amigos, pois claro que ele ia ficar assim pelo amigo dele. – disse.

- Mas tu também és amiga dele. – disse Jihyo.

- Eu sei, mas... sei lá! – disse – Se calhar, como eles são amigos à mais tempo.

- Isso não tem nada a ver. – disse Jihyo – Nada mesmo. Não é Momo? Momo???

Olhamos as duas para ela, que tinha uma cara séria, enquanto olhava para um ponto fixo no chão.

- Momo??? – chamou Jihyo.

Toquei no braço dela, assustando-a.

- Momo, estás bem??? – perguntei.

Ela deu um sorriso forçado.

- Sim! Sim... - respondeu.

- O que se passa??? – perguntou Jihyo – Momo, sabes que podes nos contar.

Momo não disse nada, voltando para a expressão seria de antes.

- N-não... não sei o que faça... - disse ela, baixinho, enquanto lhe apareciam lágrimas nos olhos.

- Do que é que estás...falando??? – perguntei, confusa e preocupada.

- Quais são as probabilidades de acabar com alguém... mas não ter medo de perder essa pessoa, mas sim outra...? – perguntou Momo.

- Como assim? – perguntou Jihyo.

Momo suspirou, olhando para o teto.

- Não posso perdê-la... - sussurrou.

Jihyo também suspirou.

- O que é que se passa? – perguntei – O que é que aconteceu? O que é que isso significa???

- O meu relacionamento com o Heechul não está, que se diga, muito bom. – explicou Momo – Eu sei que pode parecer estúpido e egoísta da minha parte, mas eu não o consigo deixar pela simples razão de... não querer perder a minha filha. A Dahyun voltou para a Coreia do Sul. Não sei quando é que ela voltou, mas ela voltou. E tem sido difícil, porque, como tu não esqueceste a Mina, eu não me esqueci da Dahyun, o que tem feito com que eu começasse a ver o Heechul com outros olhos. Mas eu sinto que, se eu acabar com ele, nunca mais voltarei a vê-la, e não posso perdê-la. Aquela criança trouxe alegria para a minha vida.

- Mas... - não sabia o que dizer.

- Momo. – chamou Jihyo – Imagina o que é o melhor para ti, e para os outros ao teu redor. Preferes a felicidade de uma pessoa que acabou contigo à 3 anos? Preferes a felicidade de uma criança? Ou preferes a tua felicidade???

- Não sei qual será a minha felicidade com a escolha que fizer... - respondeu Momo.

- Eu sei que é difícil. – continuou Jihyo – Que é confuso e estranho, mas na vida temos de fazer escolhas difíceis, que mesmo que façam mal aos outros, têm de nos beneficiar a nós. Não podemos viver sempre nas sombras, preocupando-nos só com os outros. Tu é que escolhes Momo.

- O que achas que seja melhor??? – perguntei, curiosa.

- Não sei onde estará a Dahyun neste momento. – respondeu Jihyo, pensativa – E é nesta idade que a Sarang começa a ter personalidade própria e a compreender o mundo que a rodeia.

- Não quero abandoná-la, não como todos os outros o fizeram... - disse Momo.

- Então??? – perguntamos eu e Jihyo.

- Quero fazer parte da vida da minha filha.

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