Novamente [CONCLUÍDO]

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Eu tinha 20 anos.

Quando minha mãe faleceu.

E foi minha pior queda.

Minha pior desabada.

Eu não tinha meus amigos, não tinha Tom, nem Louise.

E agora não tinha mãe.

Ela era a pessoa que mais cuidava de mim, mesmo que eu não percebesse.

Toda vez que eu voltava para casa, estivesse no início da noite, de madrugada ou mesmo logo pela manhã, ela estava ali.

Me esperando, sentada na sala.

Esperando para ter certeza que eu estivesse bem.

E agora, eu não tinha mais ninguém para ligar.

Para dizer que estava bem.

Que havia chego em casa.

Eu já desistira de me relacionar com meu pai.

Na verdade, eu me recusava.

Não queria estar próximo de alguém que fez a vida de minha mãe tão miserável.

E foi com essa idade, que tudo parecia desmoronar.

A ideia de independência era boa, mas acabava se tornando em solidão.

Eu tinha liberdade, mas com quem poderia aproveitá-la?

No ensino médio, as matérias eram até fáceis de levar.

Na faculdade, eu sentia que cada pedaço do meu cérebro estava derretendo quando tentava entender algo.

Eu não tinha amigos para criar vínculos.

Era apenas eu.

Sem mais ninguém.

Tudo que ainda tinha eram as lembranças.

Lembranças de noites quentes, acompanhadas e barulhentas.

Elas não conseguiam melhorar minhas noites frias, solitárias e silenciosas.

Eu sentia saudade de meus anos de adolescência.

Me diziam que seria a melhor época da minha vida.

E por muito tempo foi.

Mas agora, eu sentia que as coisas apenas iriam piorar.