| | Capítulo 9 | |

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Aviso: Recomendo ler esse cap, com a música da capa, pra melhor experiência, aviso dado, boa leitura.
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Azrael Pov's

— Ei! — Ela me chama, antes que eu vá embora. Apenas paro no mesmo lugar.

— Oi? — Digo sem olhar pra trás, esperando paciente ela falar o que quer.

— Quer vir na festa da minha prima, que vai ter daqui a alguns dias? — Pergunta ela com um tom de receio, esperando minha resposta. — Ela convidou o seu irmão, então, eu queria que você também comparecesse, por favor.

Eu não gosto muito de festa de criança, prefiro evitar lugar muito movimentado,  pra evitar dor de cabeça, mas parando pra analisar; Vai ter bebida, comida e mais bebida. Isso pode ficar interessante.

— Tá bom, eu venho. — Aviso, e saio andando.

Só quero ficar sozinho agora. Minhas crises de ansiedade, está atacando, e a maldita depressão também. Eu odeio isso! Não sei o que eu tinha na cabeça, pra chamar Alana, para dar uma volta comigo, eu poderia ter machucado ela. Mas não posso fazer isso antes da hora, tenho que ganhar a confiança dela primeiro, o que vai ser fácil demais, já que ela é uma garota fraca, física e psicologicamente.

Passo pela praça de skates de novo, e vou até uma loja onde vende bebidas alcoólicas. Entro e logo olho atentamente cada garrafa, escolhendo a dedo qual eu vou levar, sorrio de lado assim que eu escolho.

— E então jovem, o que vai querer? — Pergunta o homem do balcão, com aparência de velho.

— Vou querer um whisky Jack Daniels e duas oitenta e oito. —Respondo o encarando sério.

— Nossa, tá querendo ficar mal mesmo, cuidado jovem. — Diz ele sorrindo amarelado.

Eu odeio isso, eu odeio quando eles riem, é um gesto tão sem sentido. Inguinoro o que ele disse, vendo ele pega as bebidas que eu disse. O velho coloca as garrafas numa sacola preta, eu pago as bebidas e saio dali. Indo até o meu próximo ponto, que era a farmácia, de cara, já percebo que ela era grande, então, é impossível não ter o que eu estou procurando.

— Olá, posso ajudar? — Cumprimenta a senhora velha no caixa.

— Espero que sim. — Me aproximo, descansando o braço no balcão de vidro.

— Pode fala então.

— Eu preciso de Alprazolam, Lorazepam, Diazepam e Clonazepam, tarja preta. — Terminei de ler a receita, e a encarei.

— Minha nossa menino! Não posso te dar esse tipos de remédio a você, é perigoso. — Explica ela, assustada.

— Eu tenho receita de uma psicóloga e se ela me recomendou, é por que eu preciso. — Digo ignorante.

— O-ok.

Ela vai pra a parte dos fundos da farmácia, onde tinha todo tipo de estoque, logo ela aparece com as quatro caixas que eu pedi. Ela guarda numa pequena sacola branca e me entrega. Pago os remédio, e saio dali indo até a minha última parada.

Chegando onde eu quero, caminho em direção ao lugar famíliar e nostálgico. Ele é meio isolado, um velho parquinho abandonado, minha Sofia adorava vir aqui comigo.
Fui até o balanço velho com as correntes enferrujada, olho tudo ao redor, percebendo as lembranças virem com força.
Sinto um incomodo no peito, crescer aos poucos, tirando meu fôlego.

É isso que as pessoas devem chamar de saudade e tristeza.

Com o tempo eu só consegui sentir raiva e ódio das pessoas, cada vez mais, e isso nunca vai mudar. Todos eles são monstros, e eles me traumatizaram até me transformar, na pior versão de mim.
Ontem foi aniversário da morte de um ano do meu pai, o por que ele morreu? Ou melhor foi morto? Pelo simples fato das pessoas não respeitarem a religião dele, e então o mataram. Seres humanos filhas da puta, todos merecem a morte.

Demônio não, sociopata. - {REVISANDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora