Desconto em Armas

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- Que ótimo dia para fazer compras!

Amélia resolveu passear no seu dia de folga. Era um dia ensolarado, mas a temperatura não estava tão alta, perfeito para andar pela cidade. 

Ela chegou na cidade lá pelas 10 da manhã e foi direto para uma loja de armas. Amélia queria uma espada nova e um par de adagas (para esconder no vestido e dar uma de agente secreto). No outro lado da rua,  Amélia viu uma placa com a seguinte mensagem:

        MACHADINHOS DE ARREMESSO, LEVE TRÊS E PAGUE DOIS

"Eu preciso disso!"

Amélia começou a correr em direção à loja. Ela estava muito animada, pois desde que chegou nesse livro começou a ter muito interesse em armas por motivos que nem ela sabia. Quando ela já estava quase na porta da loja, alguém, que estava correndo também, esbarrou nela e perdeu o equilíbrio. Enquanto ele estava caindo, Amélia tentou segura-lo, mas como estava um pouco surpresa por causa do esbarrão, acabou caindo em cima dele, com os rostos perto um do outro. Quando ela olhou direito para o rosto dele, viu que era o menino que tinha caído em cima dela a um tempo atrás ele estava tão vermelho que parecia um morango. Depois de uns cinco segundos, o garoto falou:

- Oh não, eles vão me encontrar!

Amélia percebeu que ele estava em apuros e, o mais rápido que conseguiu, o puxou para dentro da loja dos machadinhos e o escondeu atrás dela. Pouco depois, um grupo de soldados passou correndo pela rua. 

- M-muito obrigado - disse o rapaz muito, muito, envergonhado - a senhorita me salvou.

- Bom, eu já estava vindo para essa loja, te trouxe junto por puro capricho.

Ele de algum jeito conseguiu ficar ainda mais vermelho do que antes. Amélia tinha saído sozinha, e não tinha muito o que fazer depois que terminasse de comprar as armas, então ela resolveu leva-lo junto, afinal, aquele menino era tão fofo!

- Bom, já que você me deve uma - disse Amélia com um sorriso travesso - que tal passar o resto do dia comigo? Eu prometo te salvar se você for perseguido.

- Você vai se meter em problemas se ficar comigo.

- Não se preocupe - disse Amélia enquanto segurava seu braço - eu amo me meter em problema.

Os dois saíram da loja (Amélia com três machadinhos de arremesso na bolsa) e foram almoçar em um pequeno restaurante chamado Rosa ao Sol que Amélia conhecia, com uma comida deliciosa mas pouco conhecido. Ela encontrou esse restaurante por um acaso quando ainda procurava por um lugar para abrir sua loja.

Ela pediu um pernil de cordeiro pra ela e um espaguete a bolonhesa para o garoto, pois ele não fazia ideia do que pedir. Quando os pedidos chegaram, Amélia começou a comer seu prato enquanto o rapaz olhava desconfiado para o seu. Assim que ele provou a comida, ele começou a comer mais animado, como se fosse a melhor comida do mundo.

- Está gostoso?

Ele dá uma corada e acena com a cabeça.

- É a melhor comida que eu já comi!

- Que bom que gostou - disse Amélia enquanto apoiava a cabeça nas mãos, com um sorrisinho.

Amélia o levou por toda a cidade, mostrando os melhores pontos turísticos, tomando o cuidado para não serem descobertos. Com o passar do tempo, o garoto começou a abaixar a guarda em relação à Amélia, pois parecia menos nervoso. No final do dia, os dois foram para cima do telhado do prédio dos correios, que ficava no alto de uma colina. De lá, dava pra ver quase toda a cidade e a vista do por do sol era maravilhosa.

- Então, o dia foi divertido? - perguntou Amélia.

- Foi sim, mas eu tenho que ir.

- Eu também. Meu pai vai ficar preocupado se eu chegar muito tarde - Amélia deu uma risadinha ao pensar no pai e no irmão preocupados com ela, mesmo ela sendo mais forte que os dois(e a maioria dos bandidos) - Espero te ver de novo por aí.

O garoto deu um sorriso um pouco triste

- Da próxima vez que eu fugir de casa venho te procurar.

- É bom você cumprir com a sua palavra - disse Amélia, mesmo percebendo a expressão triste em seu rosto - A propósito, não nos apresentamos. Eu sou a Amélia.

Ele pareceu meio receoso em dizer o seu nome. Ele começou a ir embora, mas mudou de ideia e se virou para Amélia com uma feição triste no rosto.

- Eu sou Axélius Duo Martinozzi.

Ele então foi embora, deixando uma Amélia altamente surpresa para trás.

" Eu não acredito que passei o dia com o vilão de Jardim de Orquídeas!" 

Ela olhou para o caminho que Axélius acabou de seguir.

" Não acredito é  que o vilão do livro é tão fofo!"











A Segunda Chance de AméliaOnde histórias criam vida. Descubra agora