Novamente ele estava naquele mesmo lugar, onde tudo era tão familiar, mas ao mesmo tempo estranho. A sala mesclava de várias tonalidades de marrom, com as cortinas brancas dando um charme ao local. Porém, o que realmente chamava a atenção, era aquele elegante piano, que se encontrava, junto com a mulher que estava sentada no banquinho.
Os dedos da mulher, flutuavam graciosamente nas teclas do piano, deixando uma melodia magnífica invadir os ouvidos, do adolescente que se encontrava deitado no sofá carmim. E para acompanhar aquela melodia encantadora, a voz suave e doce, de ninguém menos que Maria Stark. Tudo estava em perfeita harmonia, enquanto a mulher loira de lábios vermelhos, cantava para o passar o tempo.
Retirando o cobertor da face, um adolescente – que aparentava ter 1anos - surgiu, com uma gorro de natal. Parando de cantar, a mulher olha de relance para o filho que se levantava e apenas observava para o pai. A melodia instrumental continuava a ter espaço no cômodo, enquanto Tony Stark e Howard Stark, soltavam farpas um no outro. Sem demonstrar nenhum carinho ou afeição, entristecendo a loira, que preferiu ignorar as ações do filho e marido.
- Seja carinhoso, ele estava estudando fora, amor. – Maria comenta, se deleitando com as teclas do piano.
- Sério? E estudou quem? Qual era o nome dela? – Howard pergunta, retirando o gorro da cabeça de Tony.
- Candice... – Tony responde, olhando de relance para a mãe.
- Me faz o favor, nao me incendeia a casa antes de Segunda Feira.
- Ah, então voltam segunda? Que bom saber disso... – Tony comenta divertido, se afastando de Howard – Vou planejar a festa da touca para antes! – nenhum dos adultos responde, então Tony continua – Para onde vão?
- Seu pai e eu vamos paras as Bahamas, tirar férias. – Maria responde decentemente e logo Howard interveio.
- Talvez façamos uma parada...
- No Pentágono, né? Não se preocupa, vai adorar o menu final de ano da cafeteria de lá! – o menino comenta sarcástico, se afastando mais dos pais.
- Dizem que o sarcasmo é uma medida para o potencial, se for verdade, você será um grande homem, algum dia. – Tony não olha para os pais, apenas cruza os braços – Eu vou pegar as malas...
- Ele sente muito a sua falta... – Maria comenta, olhando carinhosamente para o seu filho – E francamente, - ela se levanta e logo caminha até o filho – você vai sentir a nossa. Porque essa é a última vez, que vamos estar todos juntos. – Tony olha para baixo, enquanto a mãe continuava – Sabe o que vai acontecer, meu bem? Diz alguma coisa... vai se arrepender se não dizer!
O garoto olhou para o pai, e depois para a mãe, mas nada saiu da sua garganta. Nenhuma palavra, apenas ele ficou olhando para os seus pais. De repente, logo a sala começa a escurecer, se transformando em uma imagem noturna, onde um carro batido em uma árvore, saindo fumaça e dois corpos falecidos no chão. O Stark, reconhecia aqueles corpos, eram de seus pais, que haviam sido assassinados a sangue frio.
O garoto fechou os olhos, enquanto tentava apagar aquela imagem dos seus pais frios, com o sangue escorrendo. Assim que ele abriu os olhos, ele não era mais um garoto, agora ele era um homem. Um homem crescido e de família, ele conseguia ouvir as gargalhas que ecoavam dentro do Audi, as gargalhadas que Seth e Mary davam, as palhaçadas.
Suas mãos estavam no volante, enquanto ele admirava a beleza que o rodeava. Ele conseguia ouvir o coração de Seth batendo, enquanto ele brincava com aquela aranha de pelúcia. Ele conseguia ver o brilho no olhar azul da mulher, enquanto ela observava amorosamente o seu noivo e filho. Tudo estava tão perfeito, tão certo, e devia continuar assim, e não mudar repentinamente. Logo Tony pode ver o carro em que se encontrava capotar, enquanto o choro de Seth preenchia o carro.
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The Son of Stark!
AléatoireNem tudo que ocorre nas nossas vidas, pode ser considerado péssimo... e uma prova disso, era a história de Peter e Tony. A vida de Peter não podia estar melhor do que já estava, agora ele não era mais um órfão do bairro do Queens. Agora ele era um a...