Página 1

433 115 723
                                    

Adan Beijamin

Como fazemos quase todos os anos já estou preparado para me mudar novamente de cidade, e para onde vou dessa vez?. Meu próximo destino é uma cidade bem pequena no interior chamada Goosebumps. Espero encontrar alguma vizinha gata por lá para dar uns pega, não me levem a mal mas esse é meu jeito meio doido.

Tudo já está pronto para a minha mudança. Estou carregando as malas até a sala, aonde o meu pai vai me ajudar a levá-las até o carro para colocarmos no porta malas e pegar a estrada.

Cheguei na sala e já avisto meu pai sentado certamente me esperando chegar com as bagagens. Minha mãe faleceu faz poucos dias mas ela já estava doente com câncer, sim isso é muito triste desde então moro somente com meu pai, pois tenho somente 16 anos.

Pai: Vamos Adan, pegue essas outras duas malas e coloque -as no porta malas, precisamos sair o quanto antes.

Adan: Certo pai pode deixar.

Peguei as bagagens e coloquei no porta malas como ele havia pedido. Entrei no carro e me sentei, no banco da frente e logo meu pai sentou-se no banco do motorista, e pegamos a estrada de Goosebumps.

Chegamos na casa que iremos morar e já consigo ver todos os detalhes da mesma, parece ser muito bonita. Entramos na casa e vejo que por dentro é ainda mais bonita.

Pai: Adan, leve as malas para seu novo quarto virando a esquerda.

Peguei as malas e segui para meu novo quarto e entrei. Já estou dentro dele e consigo ver o quanto é lindo, fiquei surpreso com a imensidão dessa nova casa.

Há também uma janela com uma vista linda, no quintal tem um jardim muito bonito. Nesse mesmo momento vejo uma linda moça em sua varanda do outro lado da rua, pela minha janela.

Não Adan, falei comigo mesmo sozinho porque tenho esse péssimo hábito. Adan você não pode se apaixonar novamente, completei por fim a frase.

Pai: Falando de novo sozinho filho isso não é normal, se continuar assim precisarei te levar em um médico.

Adan: Não esquenta pai, estou bem tá.

Ele só pode estar pensando que sou doido, mas juro que não sou.

Pai: Pare de falar sozinho ou não terei outra escolha.

Adan: Está bem, vou parar com isso.

Pai: Acho melhor mesmo.

Ele vem em minha direção e nesse instante olhou também pela janela e ao avistar aquela linda moça disse:

Pai: Que moça linda né filho.

Balancei a cabeça em concordância e fechei a janela.

Adan: Vamos ver os outros cômodos?.

Pai: Sim, venha comigo.

Segui ele até o outro quarto. E já consigo ver que também e muito bonito, aliás tudo aqui é perfeito, parece até mesmo um sonho.

No quarto dele há também uma janela que dá de frente à uma outra janela, suponho que seria o quarto da mãe daquela moça. Vejo agora uma senhora um pouco mais velha do que a outra menina, mas não tanto, só pode ser a mãe dela.

Pai: Já vi que nessa cidade há muitas moças bonitas.

Meu pai já parecia estar de olho nessa senhora.

Adan: Pai, tira os olhos vai que ela é casada.

Pai: Só comentei que é bonita, mas não quero nada com ela.

Não ainda né, mas poderia vir a querer. Pela cara dele estava achando mais do que bonita, sei não conheço bem ele e isso não vai dar nem um pouco certo.

Ranna Eloisa

Gostaria muito de dizer que sou mais uma garota real, mas sou apenas uma invenção de um escritor de livros que se tornam realidade.

Mas acredite sou a única melhor criatura que ele inventou, afinal me pareço muito com uma humana completamente normal.

Os outros personagens dos livros dele são tudo monstros horríveis, lobisomens, bonecos assassinos, bruxas, entre vários outros. Mas se acalmem eles não vivem no mundo real, no entanto esses livros estão trancados com uma chave.

E se por a caso alguém cometer a loucura de destranca-los, todos esses monstros vão sair de dentro dos livros e aí não saberemos o que poderá acontecer conosco e com essa cidade.

Pai: Os livros estão todos trancados me prometa que não vai mecher neles Ranna?.

Ranna: Prometo sim pai, não quero ver aqueles monstros saindo de novo igal da última vez.

Não é nada legal ver vários monstros saindo de dentro dos livros e bagunçando a cidade toda, isso já aconteceu uma vez, eu tinha apenas 5 anos quando sem querer abri um dos livros e o terror todo começou a acontecer, por tanto quero distância dessas histórias.

Acabei de ver um novo vizinho que está morando do outro lado da rua, e resolvi ir até lá para dar as boas vindas, apesar de saber que é perigoso me aproximar de pessoas humanas, pelo fato de que sou apenas uma mera invenção.

Adan: Quem é você?.

Um rapaz de olhos verdes claros me perguntou, muito lindo por sinal.

Ranna: Ah muito prazer meu nome é Ranna, digo Ranna Eloisa mas pode me chamar apenas pelo primeiro nome.

Adan: O prazer é todo meu você deve ser a minha vizinha, muito bonita por sinal e meu nome é Adan Beijamin, mas pode me chamar apenas de Adan.

Ele sorriu para mim e seu sorriso é tão lindo que poderia ficar olhando por toda a eternidade.

Ranna: Bem, só passei para dar as boas vindas.

Adan: Entre um pouco, para conversarmos.

Se meu pai souber que estou falando com um humano, ele não gostará muito, sempre me diz para manter distância deles.

Mas que mal teria se eu entrasse só por alguns minutos, aceitei então o convite de Adan e entrei. A casa dele é muito grande e agradável, me sentei no sofá da sala e ele sentou-se ao meu lado, não conseguia parar de admirar a beleza dele.

Adan: Há algo de errado comigo por que está me olhando tanto?.

Ranna: Não tem nada de errado em você, pelo contrário eis perfeito.

Lhe dei um sorriso e ele retribuiu.

Adan: Ah obrigada, mas você que é muito linda.

Não podia me aproximar tanto devo lembrar que ele é um humano, mas eu não passo de uma criação.

Ranna: Foi um prazer imenso conhecer você Adan mas agora preciso ir.

Adan: Mas já?. Fique mais um pouco.

Ranna: Se eu não voltar meu pai poderá brigar comigo.

Adan: Posso te visitar depois?.

Seria muito grossa se respondesse um não, afinal Adan havia sido tão gentil comigo.

Ranna: Melhor não, meu pai ele não gosta muito de visitas sabe.

Foi o melhor jeito que tinha conseguido para não ser tão grossa.

Adan: Que pena, mas pode voltar sempre você é muito bem vinda.

Ranna: Obrigada, agora preciso voltar mesmo.

Ele me acompanhou até a saída de sua casa e estou voltando, entrei em minha moradia e comecei a pensar que não deveria ter ido até a casa do novo vizinho.

Queria tanto ser uma pessoa normal como todas as outras, que faz amigos e tem uma vida normal, mas essas histórias me aprisionam em um mundo que nem eu mesma existo.

Cidade de lobisomens [Conto]Onde histórias criam vida. Descubra agora