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Toda vez que eu ia voltar pra casa depois de um longo e cansativo dia de trabalho, eu passava na casa de Donghyuck. Chegava em casa somente pra dormir e as vezes nem conseguia, o lugar ao meu lado na cama estava ficando frio e pra mim estava faltando algo grandioso.



Saí do trabalho e fui para a casa do meu amigo, Mark como de costume ainda estava passeando com os cachorros quando cheguei lá. Acho que Haechan não aguenta mais olhar na minha cara, ele que lute. Passado alguns minutos toquei no mesmo assunto novamente.



“É sério vagabo, você é a única pessoa que tem o casamento perfeito e eu quero entender como” insisto.



“Simples! Eu trato o Mark como eu gostaria de ser tratado e isso faz uma grande diferença na vida de casados” deu de ombros e eu reviro os olhos.



Eu nem sempre fui tão amargo assim, mas é que as coisas foram me machucando ao longo desses três anos. Tinha coisas que me machucavam que eu deixava passar para não gerar atrito e coisas que eu fingia não ligar e agora eu estou totalmente ferrado porque aguentar tudo sozinho afetou nós dois.



“Vocês tem se falado?” Haechan pergunta.



“Não, eu esperei ele ligar ou mandar uma mensagem mas parece que ele está ocupado curtindo nas festinhas” senti um gosto amargo na minha boca.



“E você tem que esperar uma atitude dele? Quando eu quero algo e o Mark não faz eu vou lá e faço eu mesmo, não tem essa de esperar atitude do outro se nem eu mesmo tenho atitude” eu nem posso rebater esse filhote de cruz credo porque ele tem razão.


“E o que eu falaria pra ele afinal? Como está sendo nossa viagem de três anos de casamento?” debochou.



“Ah qual é! Vocês devem ter mais assunto que isso. Se casou com ele e se aguentaram por três anos, deve ter algum assunto para falar ué” bufa.



XOXOXOXOXOXOXOXOXOXO



Depois de chegar em casa, como uma panela de lámen e escuto a campainha tocar. Por um momento achei que era Taeyong que havia sentido falta de mim e voltou pra deitar do meu ladinho na cama.



Mas ao abrir a porta, a decepção tomou conta do meu rosto. Porque era minha mãe, não é certo eu me sentir assim em relação á mulher que me deu a vida certo? Mas talvez vocês me compreendam depois de nós ver conversando.



“Credo filho você está tão pálido, não tomou sol esses dias?” diz entrando no apartamento.



“Não, não tô tendo tempo nem pra me coçar ultimamente”



“Cadê o....garoto?” pergunta com nojo.



“Viajando” ela me encara “Ele tem uma vida ué, somos casados e não acorrentados um ao outro”



Acho que ela já sentiu a tensão, porque apesar de eu concordar plenamente com o que eu disse, eu aparentava estar triste com tudo isso.



“Já falei pra você deixar essa história de casamento gay de lado não disse? Eu nunca concordei com isso! Aquele marmanjo não é bom pra você e...”



Ela de repente olha pra mesa de jantar e vê um restinho de lámen que eu que eu deixei na panela e havia acabado de comer.



“Não acredito nisso! Você quer se matar? Vai acabar ficando um gordo que nem quando você era criança. Tive que pagar várias aulas de jiu-jitsu pra no final das contas você crescer e preferir dançar e cantar, ainda por cima casou com um traste e agora tá comendo comida gordurosa” ela grita com raiva e eu tenho quase certeza que meu tímpano estourou.

Como Treinar Lee TaeyongOnde histórias criam vida. Descubra agora