Um dia solitário

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Chegamos em casa e ninguém havia falado nada desde que saímos do restaurante, talvez nem precisasse falar mais alguma coisa. Talvez eu esteja sendo infantil mas me magoou muito ele pensar em ir sem mim, em uma viagem pra comemorar nossos três anos juntos.

“Isso nem faz sentido...”

Ele entra no banheiro e eu solto um suspiro. Sei que devo estar horrível, minha cara deve está inchada pelo choro e provavelmente estou com o nariz vermelho.

“Doie, você não vai falar nada?”

“Não faz sentido você viajar pra comemorar nosso aniversário sozinho” solto de uma vez.

“Se você não quer ir, eu não vejo o porque de eu não ir. Nós não nascemos grudados, isso pode até fazer bem pra gente”.

“Bem pra quem? Se você quer tanto ir fique a vontade” falo na esperança de que ele volte atrás.

“Okay, vou fazer minha mala então” ele se levanta determinado.

“O que eu falo para as pessoas se perguntarem por você?” pergunto me segurando pra não chorar de novo. Eu sentia como se ele estivesse me deixando, por algum motivo eu me senti mal como se algo ruim fosse acontecer.

“Você pode falar o que você quiser Dodo” ele olha no fundo dos meus olhos e logo depois desvia.

Será que ainda existe amor nesse relacionamento ou só estamos acostumados a ter um ao outro ali?

XOXOXOXOXOXOXOXOXO

De longe avistei Donghyuck batendo fotos de um cachorrinho na praça, o dia estava bem ensolarado, tudo poderia ser perfeito hoje se não fosse o meu mau humor.

“Oi neném você tem que fazer cara de pidão para alguém te adotar” Donghyuck falou para o cachorro que pareceu entender.

“Você está conversando com um cachorro?” pergunto incrédulo.

“Pelo menos o cachorro ainda sai comigo né! Ele é mais meu amigo que você” alfinetou emburrado.

Revirei os olhos e ele continuou batendo fotos do doguinho que começou a fazer cara de pidão. Seria até fofo se eu gostasse de cachorros.

“Vai demorar muito ou vou ter que marcar horário pra fofocar com você?”

“Vai demorar um pouquinho sim” brinca “É brincadeira amigo, pode falar”

“Taeyong foi embora” solto de uma vez.

Eu dramatizei mesmo, já posso ser ator.

“O QUEEEEEE?” Donghyuck grita me puxando pra sentar em um baco pra conversar melhor “Me conta isso direito menino”

“Então, foi assim...” contei tudo pra ele desde o jantar beneficente da empresa.

“Tudo isso por causa de um terno meu pai” ele grita.

Encaro ele como se ele tivesse falado a maior merda. Não é só pelo terno, acho que a gente já não estava bem há muito tempo mas nunca tinha percebido isso.

“Isso foi só a ponta do iceberg” murmuro.

“Ai Dodo porque você tá dizendo isso” encarei o de cabelos castanhos.

“Ele pediu pra mim viajar com ele, mas eu tenho um emprego, preciso trabalhar e minha agenda já está tão lotada. Não sei mais o que fazer com minha vida”

“Eu também não sei mais o que fazer com você” nossa Hyuck, magoou “Mas pode ser uma coisa boa, as vezes a ausência faz com que o amor aumente”

Como Treinar Lee TaeyongOnde histórias criam vida. Descubra agora