03 | ENCHANTÉ, MÔNACO

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— Isso está mesmo acontecendo? — Isabella balbuciou, tendo que fazer um esforço quase sobre-humano para conseguir formular uma frase coerente

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— Isso está mesmo acontecendo? — Isabella balbuciou, tendo que fazer um esforço quase sobre-humano para conseguir formular uma frase coerente.

— Não, nós três só estamos tendo exatamente o mesmo sonho ao mesmo tempo — Dante deu de ombros.

— É claro que está, bambina mia. E só está acontecendo porque você mereceu — foi a vez de Gian falar, visivelmente orgulhoso.

Os três estavam parados lado a lado na sacada do novo apartamento de Bella, encarando a vista quase cinematográfica do mar de Monte Carlo. Apesar de ter sonhado com aquilo a vida toda, a realidade já estava conseguindo superar todas as expectativas que a italiana tinha em relação a trabalhar dentro da Fórmula 1.

Depois que recebeu a fatídica ligação de Klaus, três meses antes, as coisas se desenrolaram tão rápido que Bella sequer teve tempo para processar tudo como gostaria. Sua mente estava se esforçando para acompanhar o ritmo do seu corpo, mas ela sabia que a ficha ainda demoraria um pouco mais para cair de vez.

Assim que foi aprovada tanto por Ethan quanto pelo empresário do piloto, depois de uma longa entrevista e algumas atividades práticas onde pôde demonstrar o seu conhecimento tanto profissional quanto sobre a Fórmula 1 como um todo, Bella recebeu a notícia de que teria apenas dois meses para organizar toda a sua vida antes de se mudar de vez para Mônaco.

O final do ano de 2020 foi, para dizer o mínimo, pura correria. A menina se dividiu entre fazer os últimos atendimentos aos seus alunos enquanto eles procuravam por um novo personal, estudar e se preparar para o novo trabalho, deixar tudo pronto para a mudança e ainda marcar presença nas inúmeras festas de fim de ano — que, além do Natal e do Réveillon, também incluíram comemorações e despedidas feitas especialmente para ela.

E então, em um estalar de dedos, ali estava ela, encarando a cidade que seria sua nova casa por sabe-se lá quanto tempo, ao lado das duas pessoas mais importantes da sua vida e que foram essenciais para que tudo aquilo fosse possível. Com os olhos marejados, Bella passou os braços pelos ombros dos dois homens que mais amava no mundo e os apertou de lado contra o próprio corpo.

— Obrigada. Por tudo — ela meio sussurrou, meio riu, meio fungou.

— Se eu soubesse que você ficaria melosa desse jeito, provavelmente não teria te ajudado — Dante franziu o nariz em uma careta.

— Ah, cala a boca — Isabella revirou os olhos, gargalhando.

— Assim está melhor — o rapaz também riu, devolvendo o abraço de lado e estalando um beijo na bochecha da amiga. — Agora que tal a gente terminar de desempacotar essas coisas logo e abrir uma cerveja?

— E eu achando que não tinha como te amar mais — Bella alargou o sorriso, já se desvencilhando dos dois e voltando para dentro do apartamento mais do que depressa.

Quando acabaram de organizar minimamente o que a italiana tinha levado na mudança, já era noite em Mônaco. A nova casa de Bella não era grande, mas era aconchegante e tinha tudo o que ela precisava: um quarto, um bom banheiro, uma cozinha americana conjugada com a sala e uma sacada onde poderia tomar tanto seu café da manhã quanto uma taça de vinho quando a ocasião pedisse. Ela sabia que passaria metade do tempo em quartos de hotéis ao redor do mundo, mas gostava da ideia de poder ter conforto e liberdade quando estivesse em casa.

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