Prólogo

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"Olá! Essa é minha primeira shortfic Drarry, também postada no Spirit. A história se passa no universo dos livros, mas os acontecimentos não seguem a história original. Eles estão cursando o último ano em Hogwarts. Espero que gostem <3"

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"Veritaserum é uma poderosa poção incolor e inodora, como água, que obriga a quem tomá-la a responder honestamente a qualquer pergunta feita."

Isso que estava escrito no pergaminho em minhas mãos. Eu não estava acreditando que Pansy ia fazer aquilo mesmo. Parecia não ligar nenhum pouco para as consequências. De acordo com ela mesma, iríamos nos formar naquele ano e ela já era rica o suficiente para não precisar pensar num futuro. Eu confesso que estava morrendo de medo, não só por causa dos inúmeros problemas que uma "brincadeirinha inocente" (palavras de Pansy) poderia nos causar, mas também porque não sabia se estava preparado para ouvir a verdade.

Nunca foi muito fácil lidar com a enxurrada de sentimentos que eu tinha por ele e eu sabia que, ou eu conquistava tudo o que eu sempre quis, ou passaria o resto da noite juntando os pedaços do meu coração. Às vezes parecia melhor continuar reprimindo aquele sentimento, mesmo estando lentamente sucumbindo à tristeza de que minha paixão nunca seria correspondida. Tudo bem que um progresso entre nós havia acontecido durante aqueles meses, mas eu ainda não me achava pronto para assumir o que eu sentia.

— Está na hora, Draco.

— Pansy, eu não sei se-

— Isso vai te ajudar, ok? Eu não aguento mais você lamuriando o dia inteiro. Você precisa saber, senão não vai seguir em frente nunca!

— Eu ainda acho que você pode simplesmente conversar com ele, Draco — Luna, que eu esqueci completamente que estava ali, disse. Ela sorriu reconfortante para mim e eu me senti um pouco mais aliviado.

— Você tem razão, Luna — disse e sorri. Dane-se, eu iria me declarar para ele, sim ou sim. — Pansy, esconda isso e amanhã a gente dá um jeito de devolver para o Snape.

Minha amiga bufou, mas não teve muito escolha a não ser concordar com a minha decisão. Mas em vez de guardar em seu quarto, já que estávamos na frente do salão comunal da Sonserina, ela simplesmente jogou o pequeno frasco dentro de sua bolsinha de festa. Arqueei as sobrancelhas para ela e Luna fez o mesmo. Pansy nos olhou e deu de ombros.

— Melhor guardar comigo do que deixar no quarto e uma das meninas pegarem — disse e nos puxou em direção ao baile.

Luna pareceu convencida com suas palavras, mas eu, conhecendo a sonserina há anos, sabia que ela estava tramando alguma coisa. Só me restava torcer para que o efeito colateral daquilo não fosse tão forte. 

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