A primeira vez que a vi foi na biblioteca da escola, eu estava procurando o livro com o tema principal da prova quando afastei um livro do outro. Ela estava no outro corredor, de costas para mim. A Fjallraven Kanken vermelha estava pendurada nas suas costas enquanto seu corpo estava todo esticado, tentando pegar um livro numa prateleira alta. Analiso seu corpo. Nossa. Seus olhos encontraram os meus.
— Oi. — Ela disse, sorrindo. Senti um frio na barriga. — Pode me ajudar? Não estou alcançando o livro.
— Claro. — Falei de um jeito automático. Ela era nova. Tinha quer ser. Ou eu teria visto esses cabelos antes… e notado esse corpo.
Ela usava um slip dress vermelho com algumas flores brancas sob uma camisa de manga curta branca e um All-Star preto de cano alto. Seu cabelão verde estava preso em um rabo de cavalo apertado por uma bandana vermelha.
Dei a volta na prateleira de livros e parei na sua frente. Ela era baixinha também, batia no meu peito.
— Pode pegar Psicologia das Cores para mim, por favor? — Apontou para o livro na prateleira de madeira.
Ótimo, ela está no curso de psicologia. Pego o livro e entrego em sua mão.
— Obrigada. — Sorriu, colocou os fones e se afastou, mas não antes que eu desse mais uma boa olhada na sua roupa curta. Quando sumiu do meu campo de visão, transferi minha atenção para os livros. Peguei A Linguagem Secreta do Cinema, de Jean-Claude Carrière e levei até a bibliotecária, essa que pegou o objeto e marcou a data de devolução, virando para o computador e marcando no sistema quem retirou o livro.
Coloco o livro na mochila e a pendurei nas costas, saindo dali. Depois de conferir agenda do meu celular, sigo para a sala de Licenciatura em Cinema.
A medida que o dia passa, começo a me arrepender de ter escolhido cursar cinco matérias ao invés de quatro. Agora preciso correr para a aula de Bacharelado. Quando dobro um corredor, me esbarrei com alguém fazendo seus pertences caírem.
— Me desculpe, me desculpe, me desculpe. — Começo a dizer, recolhendo as coisas da pessoa à minha frente. Junto as folhas e os cadernos. Peguei o cartão de identificação da universidade dela e olhei o nome. Min Yoongi. Entrego os objetos para a pessoa. — Foi mal mesmo…. — Paro quando meus olhos encontraram os daquela menina da biblioteca.
— Tudo bem — disse pegando suas coisas e se levantando comigo. Ela sorriu e se afastou.
A segui com o olhar. O nome dessa garota não podia ser Yoongi. Eu só podia ter lido errado.
Ela olhou para mim por cima do ombro, do jeito que a gente faz quando sabe que está sendo observado. Abaixo meu olhar, mas a mantive no meu campo de visão até que ela sumisse ao dobrar uma esquina.
Voltei minha atenção para o que eu tinha que fazer: chegar na sala de aula. Olhei as horas no meu relógio digital preto. Ainda dava tempo de chegar se eu corresse. Voltei a correr pelos corredores e quase chego atrasado. Dou graças a Deus que essa é a última aula do dia. Assim que entrei a professora me chama.
— O reitor está te chamando na sala dele. — Avisou e eu fico aos nervo. O que ele quer comigo? Tento me lembrar de tudo que fiz na última semana enquanto caminhava até o prédio da reitoria, mas não me lembro de nada que pudesse me envolver em alguma encrenca. Isso me relaxou de certa forma.
Dei meu nome para a recepcionista e ela logo pega o telefone. Não ouço nada além de "Dr. Park."
— Ele está à sua espera. — Diz a mulher com um sorriso profissional e aponta para a porta de madeira do outro lado do corredor.

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A vida cor de menta {🌈} - (myg+pjm)
Любовные романы[Concluída] Para muitos, Park Jimin tinha a vida dos sonhos; tinha um namoro de mais de dois anos, fazia parte de uma ótima família, estudava na faculdade mais renomeada de Busan e morava em um bairro nobre. Realmente, a vida dos sonhos. Mas isso er...