04. Não vai me apresentar para sua amiga?

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                                                                 SELENA GOMEZ.

                                                                 NOVA YORK.

O fim de semana passou e as minhas obrigações voltaram novamente com tudo. De uma forma banal e totalmente desnecessária eu estava tentando evitar encontrar o Evans pela empresa, o que teve resultados ridículos levando em conta que ele era o meu mentor. No entanto, nós não trocamos muitas palavras porque, se minha nova vida na empresa já estava sendo bastante corrida, do Evans era dez vezes maior. Eu tinha que admitir que ele trabalhava horrores por essa empresa. Estava sempre saindo e entrando da própria sala, enquanto eu ficava com minha bunda sentada na cadeira ali, com os olhos doendo e minha cabeça latejando um pouco pelos números em minha frente, na tela do computador.

Quando Christopher adentrou rapidamente a sala, eu estava a ponto de pedir para que ele parasse de sair e entrar tantas vezes porque estava me desconcentrando.

— Preciso que você vá até a sala de reuniões. O pessoal da gestão está tendo uma reunião lá e eu pedi para que o Colin deixasse você assistir. — ele jogou uma pasta preta na mesa e jogou-se na cadeira de couro, suspirando e evidenciando o cansaço. — Faça anotações e preste muita atenção.

— Não sou sua secretária. E, pelo o que eu me lembro, fiz meu estágio da faculdade há muito tempo. — fechei o notebook com força, o que causou descontentamento em Christopher. — Quando eu vou realmente começar a trabalhar para a empresa? Minha fase de teste já passou! Quero minha própria sala, meu próprio espaço. Sabe o quanto fazer essas análises são difíceis?

Evans ficou encarando-me com uma expressão totalmente tediosa, como se minha reclamação não tivesse qualquer fundamento. E eu quase conseguia ouvir os pensamentos dele chamando-me de garota mimada. Bem, ele que pensasse o que queria. Eu sabia que eu trabalharia aqui, ele querendo ou não, então por que continuar mantendo-me na sala dele?

— Isso é trabalhar para a empresa, Selena. Quero apenas que você tenha alguma noção de como o pessoal da gestão trabalha por aqui. E também para você pegar alguma intimidade com eles. É importante. — ele falava como se conversasse com uma criança.

Eu, dentro e no mais fundo do meu ser, sabia que tinha que controlar esse meu temperamento que sempre queria bater boca com pessoas que discordavam de mim. Eu sentia a necessidade de vencer qualquer discussão em que eu entrava, era maior do que eu. No entanto, felizmente, uma pessoa adentrou como um furacão de bolsa e vestido preto esvoaçante. Era quase como a visão de uma mulher vestida de morte.

— Christopher! Você, por um acaso, está me evitando? Faz quase duas semanas que eu estou tentando encontrar você. — ela era uma mulher bonita, com uma voz um pouco melosa, lindos cabelos longos e uma pose de modelo da Victoria's Secret. — E quem é você?

Se eu fosse outro tipo de mulher, teria ficado intimidada pelo olhar superior e desconfiado que ela estava me dando nesse momento. Sem dúvidas muitas coisas estavam passando na cabeça dela e, para a minha surpresa, eu não tinha a menor intenção de negar.

— Selena Martinez-Gomez. Muito prazer. — cruzei minhas pernas e relaxei na cadeira quando um brilho de reconhecimento passou pela face da mulher. Ela sem dúvidas tinha reconhecido meu sobrenome, e pareceu hesitar antes de falar mais uma vez, agora em um tom mais contido.

— E o que faz aqui, na sala do meu namorado e com a porta fechada? — o barulho da bolsa dela caindo na mesa ecoou pelo ambiente. A mulher estava muito empenhada em fazer uma cena.

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