05. Ela é uma garota criativa que sabe como melhorar uma festa

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                        CHRIS EVANS

                       NOVA YORK.

Eu estava, claramente, perdendo a cabeça. Deixando escorrer por entre meus dedos a essência de quem eu era. Isso tudo por causa de pequenas coisas que aconteceram que eu, definitivamente, não esperava. Minha própria mente me pregava peças, com ideias que não deveriam ser minhas. Com pensamentos que não deveriam me pertencer. No entanto, eu notei que estava perdendo aquela batalha comigo mesmo, cada vez um pouco mais. Aquilo me preocupou de forma tão intensa que eu precisei correr para o único lugar onde eu sabia que outras coisas iriam me impedir de pensar na mulher que há tanto tempo me atormentava. E que agora tinha encontrado um novo jeito me torturar. Como era possível uma mulher com beleza angelical ser tão maldosa daquele jeito? O que ela ganharia por entrar em minha cabeça e tornar da minha mente uma nova moradia para ela?

As imagens que eu tinha dela com James começaram a me perturbar tanto que nos últimos dias eu estava evitando meu primo de todas as formas possíveis. Porque ele estava empenhado em sair com ela novamente, então eu tinha uma batalha travada em cima dos meus ombros. O anjo do lado direito dizia que eu deveria deixar isso para lá, afinal, nenhum dos dois era da minha conta. Eles poderiam fazer o que bem quisessem. Contudo, o diabo no meu lado sorria para mim de forma assustadora, dizendo que eu deveria sim impedir que qualquer tipo de relação entre eles tivesse início. Eu estava com medo de perguntar para ele a razão para que eu interferisse, mas tinha medo da resposta que poderia receber. Por isso eu mesmo me dei uma resposta aceitável: Selena era um perigo que eu preferia que James não tivesse na vida.

Não que ele realmente fosse se importar com aquilo. E as imagens da boca dele na dela rodaram em minha mente novamente. As mãos dele a segurando como se ela fosse a melhor coisa que ele já tinha visto na vida. Droga.

Relaxei minhas mãos do volante, vendo que os nós dos meus dedos estavam brancos pela força que eu estava colocando ali. Inferno de mulher. Eu sequer tinha qualquer coisa com ela. Por que isso me importava tanto?

"Mentiroso hipócrita. Ambos sabemos a razão por você estar assim. Você a quer, e vem querendo por um tempo mais longo do que quer admitir para si mesmo". O Chris-Diabo sussurrou em meu ouvido, sem qualquer remorso pelo estado que aquelas palavras iriam deixar-me.

Eu não queria pensar nisso, e não iria.

A grande mansão dos meus mais em no Hampton apareceu em minha frente com toda aquela glória e luxúria que ela proporcionava. A grandeza dela me assustava às vezes, porque eu ficava me perguntando como que meus pais não surtavam dentro daquela casa que abrigava apenas eles e minha irmã. Porém, isso nunca os incomodou.

E talvez não me incomodasse também. A idéia de ter uma grande espaço para mim era até que reconfortante. E, quando eu fosse ter minha família, queria proporcionar tudo o que eu tive depois que meus pais me adotaram.

A casa estava silenciosa, não mudando muita coisa desde a última vez que passei por aqui. Sabia muito bem onde meu pai estava, um dos lugares da casa que ele mais gostava. E foi exatamente onde encontrei os dois. A quadra de tênis era completa, com todas as coisas que eles tinham direito. E meu pai e minha mãe estavam disputando uma partida divertida quando eu apareci. Sentindo-me um pouco deslocado por estar vestindo terno quando os dois pareciam ter voltado de uma viagem da décima oitava lua de mel, ou um número muito mais acima que esse.

— Chris. — minha mãe soltou um grito depois de arremessar a bola, que quase acertou o rosto do meu pai.

A estrutura baixa da minha mãe engava muito bem a força que ela tinha, e não demorou para que ela me provasse isso, pois quando chegou perto de mim abraçou-me de forma tão intensa que quase pude ouvir meus ossos reclamarem. Ela beijou meu rosto inúmeras vezes, e mexeu nos meus cabelos como sempre fazia desde que eu era criança. Eu não reclamava, claro.

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