Ai que saudade que eu sinto dos meus tempos de criança
Numa manhã de Fevereiro
Por baixo de um céu de anil
Nos tempos felizes da infância.Morávamos num ranchinho na margem esquerda do rio
Numa bela madrugada de uma noite fria e gelada
Batendo o queixo de frio.O colibri a beija - flor
Beijando as flores sem cessar
Em redor das trepadeiras
Com as velozes ligeiras
Faz - me infância eu recordar.Lembro - se o ribeirão do cocô
Com suas débies cachoeiras
Embrenhada na floresta
Dançando e fazendo uma festa
Brinca assim e vida inteira.Naquelas tardes saudosas
Colhendo as doces de côco ( Cocada )
Cheio de prazer em findo
Eu ficava atoa sorrindo sem mostra
Trepando no pé de manga.Ai que Saudades, que sonhos dos primeiros anos da vida
Sofrendo sem mãe, sem pai
Vivi chorando meus ais
Na minha infância querida.