3- Volte no Tempo

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-Ponto de vista: Draco.

-Subcategorias: Viagem temporal, humor, aventura, mitologia grega.

-Alertas: Sexo, scorbus, abuso de drogas lícitas.

... ...


Draco Malfoy odiava ser velho. Ele dizia isso para qualquer um que perguntasse. Para ele, teria sido muito bom se já tivesse morrido há uns bons dez anos atrás.

As dores insistentes e incômodas, os esquecimentos e o caducamento? Bom, isso ainda não é ruim o suficiente. O pior é o tédio colossal que te envolve, prendendo-o em uma teia rotineira dos mesmos afazeres e das mesmas pessoas enquanto entra dia e sai dia. Para Draco, a morte não tinha nenhuma pontualidade. Francamente, para que esperar mais do que oitenta e cinco anos?

Contudo, talvez a morte tenha feito um favor para ele. 

Certa manhã, Draco recebeu um pacote estranho na sua porta. A caixa estava endereçada a ele. Nela continha várias velarias bruxas, artefatos mágicos e das trevas. Na carta do remetente dizia que uma mulher estava devolvendo os pertences do pai dela, pois ele morrera há um tempo e só agora ela encontrara a caixa. Contou que o pai dela e o pai de Draco, Lucio, eram amigos e que aquelas coisas eram dele, por isso achou por bem devolver. Draco não deu muita atenção de princípio, mas decidiu dar uma olhada no fim, pois, estando na maldita vida de velho dele, não conseguia encontrar algo melhor para fazer. Ainda bem que fez. Draco encontrou um objeto que poderia trazer um pouco mais de ação para a vida dele.

Draco estudou o objeto durante todo dia e no fim da tarde foi na casa de um amigo, que era basicamente o único lugar que ele costumava ir. Ele bateu na porta do apartamento no Largo Grimmauld nº8. De dentro da casa veio somente a habitual permissão gritada para entrar, pois Harry Potter já sabia que só poderia ser o Draco.

A casa encontrava-se em sua típica desarrumação. Harry jamais foi uma das pessoas mais organizadas, mas agora que estava velho, Draco ficava surpreso por não encontrar um trasgo debaixo do tapete. Ele seguiu os sons que ouviu até encontrá-lo na cozinha. Harry parecia estar começando a preparar o jantar. 

Harry em comparação a Draco, envelheceu muito melhor fisicamente, aparentava estar em melhores condições físicas e menos acabado, talvez por conta de seus cabelos ridiculamente pretos que se recusavam a ficarem brancos, por mais que Draco os amaldiçoassem diariamente. Contudo, quanto à saúde e disposição, Draco ganhava. Embora tivesse mais rugas e cabelos brancos, Draco tinha uma saúde de touro. No máximo, sentia algumas dores regulares nas costas, o que era ruim porque significava que Draco morreria ainda depois de Harry, provavelmente. Merlim, a morte estava de brincadeira!

"Morgana, ainda são cinco da tarde" disse Draco.

"São quase seis. E eu não tenho nada mais interessante para fazer" respondeu Harry.

"Muito bom, porque assim poderemos falar de algo mais importante do que o jantar". 

Draco se sentou na cadeira da mesa da cozinha e Harry fez o mesmo, só que com mais dificuldade. 

"Por que você não morre logo, Harry?" brincou Draco.

"E te deixar sozinho nesse mundo pobre e cruel sem Harry? Não sou tão ruim assim".

Draco não respondeu, porque era verdade. Depois de Blaise, Pansy e Nott morrerem, Draco ficara apenas com Harry de amigo. Seu filho, Scorpius, e seus netos tinham suas próprias vidas para viverem, por isso Draco não pedia muito deles. Mas, ainda assim, eles o visitavam ocasionalmente.

"O que foi?", Harry quis saber apreensivo. "Katherine Gina arrumou mais encrenca com as amigas? Ou é Vincent Draco com aquele assunto de se mudar para a Espanha de novo?".

11 Maneiras de Encontrar o Amor - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora