{*ೃ✷} - ɪ sᴇᴇ ᴘᴏᴡᴇʀ ɪɴ ʏᴏᴜ, ᴛʜᴏʟʟᴀɴᴅ⁰²

957 62 16
                                    

      “Uma vez amei, julguei que me amariam,
     Mas não fui amado.
     Não fui amado pela a única grande razão —
     Porque não tinha que ser.” — Fernando Pessoa.

   Os versos do homem rondavam sua cabeça, você fechou os olhos se arrependendo de ter escolhido logo esse poema para ler. Algumas palavras ferem mais do que atos, talvez esses versos te feriram mais do que as lágrimas que escorriam por suas faces que ardiam. Às vezes em silêncio você desejava não ter medo de se entregar para alguém, mas sempre o sentimento de medo percorria pelo teu corpo e você recuava. Liza já tinha arrumado alguns encontros pra você mas sempre só foram um papo e nunca mais. 

   Você não gostava de admitir mas você ainda não superou por completo, tenta seguir sua vida fingindo que aquilo não aconteceu mas sempre que se vê atraída por alguém você tem medo de tudo acontecer novamente. Mas ainda sim gosta de pensar por um lado: O Homem certo ainda está por vir.

   Você vestiu uma blusa branca e um short e desceu as escadas, Harrison estava lá embaixo dava pra ouvir as risadas dele. Depois de algum tempo Harrison foi o único homem com quem você criou laços de amizade e intimidade, você o têm como um irmão e você o mataria se ele fizesse algo contra Liza mesmo você sabendo que ele esconde algo. Você também sabe que ele é um homem bom, mesmo que ele seja meio esquisito as vezes mas ele é um homem bom.

    Enquanto você preparava algo pra comer escutou alguém limpando a garganta atrás de ti. Você deu um gritinho de susto ao se virar e dar de cara com Harrison, ele tinha te tirado de uns pensamentos arriscados. O homem sorriu pra você e se aproximou, ele também já tentou ser um cúpido pra você mas podemos dizer que os amigos dele são bastantes estranhos. Você pôde observar o braço ferido de Haz preenchido por alguns pontos, você sempre se pega pensando no quê o trabalho dele realmente faz.

— Não escutou o quê eu disse, não é? – Você despertou novamente após sentir a mão de Haz no seu ombro.

— Perdoa, tava presa nos pensamentos. – Você balançou a cabeça. — O que você disse?

— Tá afim de sair hoje? – Haz se encostou no balcão. – Uma festinha entre amigos, lá na minha casa... Topa?

— Se eu disser que sim eu vou está mentindo. – Você pegou um prato e colocou o pão do sanduíche. — É só que hoje eu tô...

— Ocupada, tô ligado. – Haz passou a mão no cabelo, aquilo significa somente uma coisa: Ele tá incomodado com algo. — É só que você tá sempre ocupada para coisas que você poderia fazer com seus amigos.

— Mas hoje eu tô realmente ocupada. – Você pegou uma jarra de suco da geladeira. — Lembra aquele jornal e emissora em que eu trabalhava? – Haz balançou a cabeça em afirmação. — Eu entrei em contato com o meu chefe e pedi pra ele retribuir os favores que fiz pra ele. Exemplo: ficar até tarde na redação, me arriscar! — Você suspirou. — Pedi para ele dá indicações do meu trabalho para jornais parceiros aqui em Londres e aí ele enviou meu currículo e disse que ainda essa semana ou na próxima eu receberia um e-mail me chamando pra uma entrevista. – Você mordeu os lábios ansiosa. — Até que fim que vou tocar minha vida, sabe eu preciso que isso mude... Hoje quero ficar em casa.

— Tudo bem. – Ele suspirou. — Que isso seja só hoje, sabe quero aproveitar com a minha melhor amiga. — Você sorriu em retribuição. — Você sabe que vai conseguir essa chance! É ótima quando se trata de jornalismo.

— Você é o melhor! – Você olhou para os olhos azuis dele. – A Liza tem sorte em te ter.

— E você também tem sorte em me ter! – Haz continuou se gabando. — Onde você iria encontrar amigo mais gostoso? Você já me viu sem camisa, sabe o quanto sou gostosão.

─ girls, imɑgines for you. {t.h, p.p & ɑ.r.}Onde histórias criam vida. Descubra agora