Capítulo 15.

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(S/n)

Aquele dia eu ia... Me matar, mas Arthur Fernandes entrou no quarto e não saiu mais. Nos outros dias eu me mantive ocupada com as coisas de natal, já se Lucas me infernizava com isso.

São 5:50 da manhã, sim já é natal. Pra mim não tem mínima importância, já se é mais um que passo sem meu irmão...

     — S/n? Tá acordada? — escuto a voz baixinha do outro lado da porta.

     — Estou dormindo, Bia! — ela solta uma risada baixinha. — Pode entrar!

A família de todos os 6 meninos vieram passar o natal aqui, exceto a minha. Bia sempre vem em meu quarto, ela diz que eu sou a única pessoa que a intende. Mesmo o irmão dela sempre estando em cima dela.

     — Vamos abrir os presentes? — ela pula na minha cama.

     — Não podemos ainda, só quando todos estiverem acordados! — falo tocando a ponta de seu nariz.

     — Ah mais... — ela para de falar — O Gabriel está ocupando toda a cama, ele puxa toda a coberta!

     — Pode dormir aqui, deita vai! — ela se deita e vira para o lado contrário do meu.

     — Por que estava acordada a essa hora, S/a?

     — Nada de mais.

(...)

     — FELIZ NATAL! — todos nós gritamos de frente a porta de nossos quartos.

     — Vai lá com a sua família, Bia! — ela corre até seu irmão e seus pais. Onde estava o Leeboy?. Eu entro em meu quarto.

Me deito na cama e ponho o braço em meus olhos, todos eles estão com os familiares novamente e eu estou aqui... sozinha sem ninguém.

Alguém bate na porta e entra no quarto se expondo Arthur Fernandes.

     — O que faz aqui sozinha, s/a? — ele pergunta fechando a porta e vindo até minha cama.

     — O que VOCÊ faz aqui? Deveria de estar comemorando com sua família! — falo e me cubro com o cobertor.

     — O que faz aqui sozinha? — ele pergunta novamente.

     — An... Nada? O que eu iria ir fazer pra lá oras? Eu não tenho mais família.

     — Tem sim, tem eu! — ele deita por cima de mim e me abraça.

     — Ok, você é minha família!

     — Vamos, minha mãe quer te conhecer melhor. — ele me puxa.

(...)

     — Eu te amo, ok? — ele fala no Abraço.

     — Eu também! — ele se solta. E se vira indo até a porta.

Hoje era o dia que ele teria de viajar pra a NFA presencial. Eu não queria que ele fosse a alguns dias atrás, mas não falei nada a ele pois seria um ótimo motivo para mim poder deixar esse mundo.

Subo as escadas após uns cinco minutos e entro no quarto, mando uma mensagem para algumas amigas

"Vo literalmente tem todos os meus segredos, I LOVE YOU!"

(...)

Dia dois.

Os 5 menino já haviam viajado a 2 dias, ficou apenas eu e Crusher na casa. E hoje era o dia em que eu vou me suicidar, uma segunda tentativa de assassinato a mim mesma.

Já havia tomado banho e ainda permaneço me observando no espelho. Ao meu lado tinha meu celular, pego o mesmo e mais uma vez... mando mensagem para os 5 meninos.

"A mais irmãozão!"

Mando para os 4, agora é Arthur.

"Obrigada, por tudo! Te amo e por favor... Me esqueça!"

Bloqueio o celular.

Abro a gaveta que ficava logo a baixo do espelho dando de cara com os remédios:

Opioides, drogas ilícitas como heroína e uma seringa, analgésicos como codeína, oxicodona, fentanila e morfina.

Por favor, não tomem esses remédios sem consulta médica....

Cada um deles tinha uma quantidade grande, tinha 1 seringa e meia de heroína, 10 comprimidos de cada um.

Vamos lá! Começo com a heroína na veia, meus olhos se enchem de lágrimas quando olho para o espelho. Vendo uma pessoa fraca e inútil logo ali, a frente.

Engulo todos os comprimidos sem nem um líquido, deito na cama e espero todos os remédios fazerem efeito, como uma overdose.

(Crusher)

Depois de uns 10 minutos fecho a live e vou lá no quarto de s/n. A porta estava aberta, entro e a vejo "dormindo". Vou em seu banheiro vendo vários potes de remédios e um vidro com o rótulo escrito "heroína", corro até sua cama e dou tapinhas leves em seu rosto o chacoalhando.

     — s/a? S/a acorda! — sua boca começa a espumar então pesquiso muito rápido no Google sobre overdose.

Sobredose, superdose, dose excessiva ou overdose são termos utilizados cientificamente para se denominar a exposição do organismo a grandes doses de uma substância química, seja ela um medicamento, uma droga ou outros.

     — Filha da puta!

A pego no colo e desço as escadas quase correndo. A coloco no banco do carro e entro logo após ligando para Arthur.

Ligação

Crusher: Arthur?

Thur: Que foi cara? Tô...

Crusher: A s/n tá tendo uma overdose, tô levando ela para o hospital. Espero que de tempo.

Thur: Por isso ela me mandou aquela mensagem, tô indo para São Paulo agora. Cuida dela, por favor!

Crusher: Não Thur, faz teus bagulho aí em paz. Ela vai ficar bem, e eu liguei para te avisar

Ligação

Desligo o celular e corro, pego ela no colo, preocupado como um pai a levo para dentro no hospital logo pedindo passagem para as pessoas que intenderam e deixaram.

     — Um médico por favor! Ela tá morrendo. — falo com a respiração pesada — UM MÉDICO AQUI, POR FAVOR!


(Thur)

     — Puta merda! — coloco os cotovelos nos joelhos e escondo o rosto entre as mãos.

     — Que houve? — pergunta Bradoock que estava ao meu lado.

     — A s/a teve overdose, ela tentou se matar. De novo! Depois de 2 anos ela ainda quer tirar a própria vida, por que eu tenho que amar tanto ela Samuel? — falo com os olhos embargados.

     — É a vida meu pivete, é a vida. Tenta se concentrar mais no jogo, se tiver noticias eu te falo! — ele fala e levanta.

     — Ok.

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Depressão | LOUD Thurzin • Finalizada Onde histórias criam vida. Descubra agora