(S/n)
Aquele dia eu ia... Me matar, mas Arthur Fernandes entrou no quarto e não saiu mais. Nos outros dias eu me mantive ocupada com as coisas de natal, já se Lucas me infernizava com isso.
São 5:50 da manhã, sim já é natal. Pra mim não tem mínima importância, já se é mais um que passo sem meu irmão...
— S/n? Tá acordada? — escuto a voz baixinha do outro lado da porta.
— Estou dormindo, Bia! — ela solta uma risada baixinha. — Pode entrar!
A família de todos os 6 meninos vieram passar o natal aqui, exceto a minha. Bia sempre vem em meu quarto, ela diz que eu sou a única pessoa que a intende. Mesmo o irmão dela sempre estando em cima dela.
— Vamos abrir os presentes? — ela pula na minha cama.
— Não podemos ainda, só quando todos estiverem acordados! — falo tocando a ponta de seu nariz.
— Ah mais... — ela para de falar — O Gabriel está ocupando toda a cama, ele puxa toda a coberta!
— Pode dormir aqui, deita vai! — ela se deita e vira para o lado contrário do meu.
— Por que estava acordada a essa hora, S/a?
— Nada de mais.
(...)
— FELIZ NATAL! — todos nós gritamos de frente a porta de nossos quartos.
— Vai lá com a sua família, Bia! — ela corre até seu irmão e seus pais. Onde estava o Leeboy?. Eu entro em meu quarto.
Me deito na cama e ponho o braço em meus olhos, todos eles estão com os familiares novamente e eu estou aqui... sozinha sem ninguém.
Alguém bate na porta e entra no quarto se expondo Arthur Fernandes.
— O que faz aqui sozinha, s/a? — ele pergunta fechando a porta e vindo até minha cama.
— O que VOCÊ faz aqui? Deveria de estar comemorando com sua família! — falo e me cubro com o cobertor.
— O que faz aqui sozinha? — ele pergunta novamente.
— An... Nada? O que eu iria ir fazer pra lá oras? Eu não tenho mais família.
— Tem sim, tem eu! — ele deita por cima de mim e me abraça.
— Ok, você é minha família!
— Vamos, minha mãe quer te conhecer melhor. — ele me puxa.
(...)
— Eu te amo, ok? — ele fala no Abraço.
— Eu também! — ele se solta. E se vira indo até a porta.
Hoje era o dia que ele teria de viajar pra a NFA presencial. Eu não queria que ele fosse a alguns dias atrás, mas não falei nada a ele pois seria um ótimo motivo para mim poder deixar esse mundo.
Subo as escadas após uns cinco minutos e entro no quarto, mando uma mensagem para algumas amigas
"Você literalmente tem todos os meus segredos, I LOVE YOU!"
(...)
Dia dois.
Os 5 menino já haviam viajado a 2 dias, ficou apenas eu e Crusher na casa. E hoje era o dia em que eu vou me suicidar, uma segunda tentativa de assassinato a mim mesma.
Já havia tomado banho e ainda permaneço me observando no espelho. Ao meu lado tinha meu celular, pego o mesmo e mais uma vez... mando mensagem para os 5 meninos.
"Até mais irmãozão!"
Mando para os 4, agora é Arthur.
"Obrigada, por tudo! Te amo e por favor... Me esqueça!"
Bloqueio o celular.
Abro a gaveta que ficava logo a baixo do espelho dando de cara com os remédios:
Opioides, drogas ilícitas como heroína e uma seringa, analgésicos como codeína, oxicodona, fentanila e morfina.
Por favor, não tomem esses remédios sem consulta médica....
Cada um deles tinha uma quantidade grande, tinha 1 seringa e meia de heroína, 10 comprimidos de cada um.
Vamos lá! Começo com a heroína na veia, meus olhos se enchem de lágrimas quando olho para o espelho. Vendo uma pessoa fraca e inútil logo ali, a frente.
Engulo todos os comprimidos sem nem um líquido, deito na cama e espero todos os remédios fazerem efeito, como uma overdose.
(Crusher)
Depois de uns 10 minutos fecho a live e vou lá no quarto de s/n. A porta estava aberta, entro e a vejo "dormindo". Vou em seu banheiro vendo vários potes de remédios e um vidro com o rótulo escrito "heroína", corro até sua cama e dou tapinhas leves em seu rosto o chacoalhando.
— s/a? S/a acorda! — sua boca começa a espumar então pesquiso muito rápido no Google sobre overdose.
Sobredose, superdose, dose excessiva ou overdose são termos utilizados cientificamente para se denominar a exposição do organismo a grandes doses de uma substância química, seja ela um medicamento, uma droga ou outros.
— Filha da puta!
A pego no colo e desço as escadas quase correndo. A coloco no banco do carro e entro logo após ligando para Arthur.
Ligação
Crusher: Arthur?
Thur: Que foi cara? Tô...
Crusher: A s/n tá tendo uma overdose, tô levando ela para o hospital. Espero que de tempo.
Thur: Por isso ela me mandou aquela mensagem, tô indo para São Paulo agora. Cuida dela, por favor!
Crusher: Não Thur, faz teus bagulho aí em paz. Ela vai ficar bem, e eu liguei para te avisar
Ligação
Desligo o celular e corro, pego ela no colo, preocupado como um pai a levo para dentro no hospital logo pedindo passagem para as pessoas que intenderam e deixaram.
— Um médico por favor! Ela tá morrendo. — falo com a respiração pesada — UM MÉDICO AQUI, POR FAVOR!
(Thur)
— Puta merda! — coloco os cotovelos nos joelhos e escondo o rosto entre as mãos.
— Que houve? — pergunta Bradoock que estava ao meu lado.
— A s/a teve overdose, ela tentou se matar. De novo! Depois de 2 anos ela ainda quer tirar a própria vida, por que eu tenho que amar tanto ela Samuel? — falo com os olhos embargados.
— É a vida meu pivete, é a vida. Tenta se concentrar mais no jogo, se tiver noticias eu te falo! — ele fala e levanta.
— Ok.
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Depressão | LOUD Thurzin • Finalizada
FanfictionPra mim, meus pais já haviam morrido... Crusher era minha família verdadeira, e por isso, LOUD se tornou minha família. Não posso dizer que não o amei pela primeira vez, mas Arthur Fernandes, nunca será esquecido.